Ana Paula Tenório
Em parceria com a Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC – RS), o Hospital Escola Dr. Helvio Auto (HEHA) desenvolve pesquisa pioneira no País, sobre a identificação de recém-nascidos ou lactentes que apresentam microcefalia com forte suspeita de infecção congênita por zika vírus.
A pesquisa utilizará técnicas convencionais e avançadas por método de imagem para identificar marcadores prognósticos nos bebês microcéfalos. Por meio de exames de neuroimagem e vídeo-polissonografia e espectroscopia, serão colhidos dados dos recém-nascidos atendidos no ambulatório de referência do Hospital Helvio Auto e analisados em parceria pelo grupo de pesquisadores gaúchos e alagoanos.
O Serviço de Assistência Especializada (SAE) do Hospital Helvio Auto (HEHA) conta com um neuropediatra para atender crianças encaminhadas com microcefalia, suspeitas de infecção congênita por zika vírus. Para averiguação serão levados em consideração os aspectos clínicos, neurológicos e tomográficos dos bebês.
O edital da pesquisa, de valor total de R$ 2.700.000,00 ainda prevê a compra de um aparelho de vídeo-polissonografia, treinamento da equipe envolvida na investigação e viabilização de transporte ao Serviço de Saúde para famílias com bebês com microcefalia.
“A pesquisa contribuirá para a evolução da ciência, mas também contorna problemas sociais locais relacionados ao acesso dos pacientes ao Serviço de Saúde e dificuldades quanto à realização de exames do protocolo nacional de microcefalia associada ao zika vírus, oferecendo transporte para as famílias e realização de sorologia para as crianças”, explicou a infectologista-pediátrica do Hospital Helvio Auto, Adriana Ávila, membro da equipe de pesquisadores.
Os resultados da pesquisa também contribuirão com a concessão de alguns benefícios sociais a famílias de bebês com microcefalia comprovadamente adquirida por infecção pelo zika vírus.