Quatro dias após Michel Temer ser empossado presidente do Brasil, manifestantes foram às ruas neste domingo (4) em protesto contra o peemedebista. Em diversas cidades do país também foi defendida a realização de novas eleições.
Na Avenida Paulista, a concentração começou por volta das 15h em frente ao Museu de Arte de São Paulo (Masp). De acordo com organizadores, 100 mil estavam presentes.
“Melhor seria estar ao lado de 40 manifestantes do que em um governo de 40 ladrões”, “discursou Guilherme Boulos, do MTST, em cima do carro de som, em referência à Frase de Temer, que no sábado (3) afirmou que as manifestações são de ’40, 50, 100 pessoas’.
Quatro dias após Michel Temer ser empossado presidente do Brasil, manifestantes foram às ruas neste domingo (4) em protesto contra o peemedebista. Em diversas cidades do país também foi defendida a realização de novas eleições.
Na Avenida Paulista, a concentração começou por volta das 15h em frente ao Museu de Arte de São Paulo (Masp). De acordo com organizadores, 100 mil estavam presentes.
“Melhor seria estar ao lado de 40 manifestantes do que em um governo de 40 ladrões”, “discursou Guilherme Boulos, do MTST, em cima do carro de som, em referência à Frase de Temer, que no sábado (3) afirmou que as manifestações são de ’40, 50, 100 pessoas’.
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Convocado pelas redes sociais, o ato foi organizado pela Frente Brasil Popular, formada por movimentos como Central Única dos Trabalhadores (CUT) e Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), e pelo grupo Povo Sem Medo, que reúne mais de 30 movimentos sociais, como o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST).
Presente no protesto, a cartunista Laerte Coutinho acredita que ainda é prematura a defesa de novas eleições, mas acredita que possa ser uma alternativa viável. “O que me interessa é recuperar o território da democracia”, afirmou, “Era um governo interino, agora é um governo intestino”, completou.
Após proibir o ato na Paulista, a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo recuou e liberou a concentração a partir das 16h30.
Policiais do batalhão de choque se posicionaram dos dois lados da avenida e foram hostilizados por alguns manifestantes que atiraram objetos, como latas de cerveja.
Em parte do trajeto no início da noite, as luzes da iluminação pública estavam apagadas.
No final do protesto, no Largo da Batata, a polícia militar soltou bombas de gás lacrimogêneo.
No Rio, a concentração começou cerca de 12h em Copacabana. O ato seguiu pela Avenida Atlântica, rumo ao antigo Canecão, onde está a Ocupa MinC carioca.
Os organizadores estimaram 8 mil pessoas presentes. Já a Polícia Militar do Rio não divulgou quantas pessoas participam de protestos na cidade.
A deputada federal Jandira Feghali (PCdoB-RJ), juntou-se à manifestação em Copacabana. Segundo ela, esse tipo de protesto irá se espalhar pelo País. “Só vai aumentar. A sociedade entendeu que que foi golpe e a sociedade não vai se acomodar, principalmente pela agenda que virá”, disse a candidata à Prefeitura do Rio.
Em Salvador, 3 mil pessoas foram às ruas, segundo organizadores.
Na China, onde participará da cúpula do G20, Temer minimizou as manifestações realizadas nos últimos dias. Neste domingo, em entrevista coletiva à imprensa, afirmou que “depredação é delito, não é manifestação”. No sábado, o peemedebista disse chamou os protestos de “não democráticos”.
Novas eleições
Na sexta-feira, o PT decidiu iniciar a mobilização de uma nova campanha pelas ‘Diretas Já”, lançada em 1983 durante o governo militar, cobrando eleições diretas à Presidência da República.
O partido e seus principais aliados apostam no discurso de que nova eleição é um pleito da população. A própria ex-presidente já está afinando esse discurso.”Quem está querendo eleição direta é o povo na rua, não somos só nós”, disse, em coletiva de imprensa na sexta-feira (2).
Repressão
Manifestantes têm sofrido com a truculência da polícia militar nos últimos atos. Durante o protesto da última quarta-feira (31), a estudante Deborah Fabri perdeu a visão do olho esquerdo, após ser atingida por estilhaços ou por uma bala de borracha.
Na sexta-feira, a ex-presidente Dilma Rousseff defendeu o direito de manifestação.
Em março deste ano, a petista sancionou a lei antiterrorismo. A depredação de patrimônio público, como ocorre em alguns protestos do “Fora, Temer” em São Paulo, foi classificada como ato de terror, segundo as novas regras.