Por conta do terceiro cartão amarelo, Jorge Sampaoli cumpriu suspensão pelo Atlético-MG no confronto contra o Flamengo, no último domingo (8), e vencido por 4 a 0 no Mineirão, em compromisso pelo Campeonato Brasileiro. Apesar de não ter comandado sua equipe do campo, o técnico pode ser denunciado no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD).
Em entrevista à Rádio Itatiaia, o procurador do STJD Ronaldo Piacente afirmou que analisa duas situações envolvendo o técnico argentino na partida. A primeira delas, sua presença num camarote do Mineirão, a segunda a utilização de um telefone celular, em imagem flagrada pela transmissão na televisão.
Sobre a presença de Sampaoli no camarote, Piacente argumenta o fato de a lista máxima de pessoas nas comitivas dos clubes durante a pandemia da COVID-19 só permitir no máximo 42 integrantes.
“Provavelmente oferecerá denúncia. A questão posta é a seguinte: hoje, com a questão da COVID-19, a regra da CBF é de 42 integrantes, obviamente com comissão técnica e atletas. O que essas 42 pessoas vão fazer lá: trabalhar. Não pode como torcida, não pode ficar na arquibancada assistindo jogos. E o Sampaoli não poderia estar lá. Então, infringiu a regra, e a Procuradoria atuará no caso do Sampaoli, inclusive, já está sob análise da Procuradoria”, declarou Piacente.
“Ele estava suspenso. Não pode comparecer nem sequer no setor de camarote. Temos dois fatos a serem analisados. E que serão analisados pela Procuradoria. Um deles é estar no estádio de forma irregular. E a outra é usar o telefone, com quem ele estava falando… Nas imagens não mostra que ele simultaneamente em contato com o técnico no banco de reserva”, concluiu.
Vale lembrar que, na primeira vez que cumpriu suspensão neste Brasileiro, na partida contra o Red Bull Bragantino, também no Mineirão, o treinador acompanhou a partida do mesmo camarote, ao lado do preparador físico Pablo Fernández, que também estava suspenso. Fernández utilizou um aparelho celular, mas não há provas de que o mesmo foi usado para comunicação com algum integrante no banco de reservas. Na época, não houve denúncia.
