Trabalhadores rurais ligados a diversos movimentos do campo realizam ocupações em prédios públicos na manhã desta segunda, 5. Segundo a assessoria do movimento, mais de cinco mil trabalhadores rurais se encontram em Maceió. Hoje, os sem-terra ocuparam os prédios do Incra e TCU. O acampamento foi montado na Praça Sinimbu.
As atividades acontecem também no sertão do Estado, com os sem-terra marchando entre Senador Rui Palmeira e São José da Tapera, com um contingente de duas mil famílias, que exigem o cumprimento de projetos de irrigação prometidos desde 2015.
Participam das mobilizações Fetag-AL, Comissão Pastoral da Terra (CPT), Movimento de Luta pela Terra (MLT), Movimento de Libertação dos Sem Terra (MLST), Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Movimento Terra, Trabalho e Liberdade (MTL), Movimento Unidos pela Terra (MUPT), Via do Trabalho e Terra Livre.
“Exigimos o destravamento da Reforma Agrária, bloqueada irregularmente pelo Tribunal de Contas da União (TCU), a valorização das políticas de compra da produção agrícola, através do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e Programa Nacional da Alimentação Escolar (PNAE), bem como a destinação de recursos para o desenvolvimento da agricultura familiar”, conclui.
Os manifestantes esperam ser recebidos pelo governador Renan Filho (PMDB-AL) e os secretários de Estado que tem suas pastas envolvidas nas reivindicações das mobilizações. A semana está cheia de movimentações, já que nesta terça-feira (6) se inicia a 17ª Feira da Reforma Agrária, do MST, na Praça da Faculdade e no dia 7 de setembro, como de praxe, os movimentos sociais se reúnem no Grito dos Excluídos, na orla.