Cunha sobre lançamento de seu livro: ‘Será um presente de Natal’

Em entrevista ao iG, ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) acusou Moreira Franco de ser o responsável por irregularidades no financiamento do Porto Maravilha, no Rio de Janeiro, e falou sobre o livro que deve lançar no fim do ano sobre os bastidores do impeachment.

Zeca Ribeiro / Câmara dos Deputadoseduardo cunha

Com mandato cassado, o ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) começa a contar as primeiras histórias sobre os bastidores do governo. Em entrevista ao iG, ele acusou Moreira Franco, secretário-executivo do Programa de Parcerias e Investimentos (PPI), de ser responsável pelas irregularidades no financiamento das obras do Porto Maravilha, no Rio de Janeiro.

A acusação é também uma espécie de autodefesa, pois Cunha é suspeito de ter cobrado da Carioca Engenharia propina no valor de R$ 52 milhões em troca de liberação de verbas do fundo de investimento do FGTS para o Porto.

O peemedebista ainda destacou que no final do ano lançará seu livro contando sobre conversas de bastidores do impeachment. “Vai ser um presente de Natal”, afirmou. Além disso, o ex-deputado disse que Michel Temer errou ao “aderir ao programa de quem perdeu a eleição”, referindo-se ao PSBD de Aécio Neves e à plataforma de pautas conservadoras do partido sendo colocadas em prática.

Ao ser questionado se acreditava que Temer não tinha legitimidade para governar, Cunha se explicou afirmando que se referia à legitimidade necessária para colocar em prática um “programa radical” de governo.

Ex-presidente da Câmara, Cunha se defendeu também das acusações de chefiar o governo e endureceu a crítica a Moreira Franco: “Fica claro hoje que não era. O Moreira Franco era vice-presidente (de Fundos e Loterias) da Caixa, antes do Fábio Cleto, que fez a delação falando de mim. Quem criou o FI-FGTS na Caixa foi o Moreira Franco. Toda a operação no Porto Maravilha foi montada por ele. No programa de privatização, dos R$ 30 bilhões anunciados, R$ 12 bilhões vêm de onde? Do Fundo de Investimento da Caixa. Ele sabe de onde tirar dinheiro. Esse programa de privatização começa com risco de escândalo. Nasce sob suspeição”, concluiu.

Fonte: Revista Fórum

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