A operação deflagrada pela Polícia Federal (PF), na manhã desta sexta-feira (23), no município do Pilar, apreendeu documentos que podem comprovar a compra de eleitores realizada na região. De acordo com o delegado Fábio Maia, chefe de da Delegacia de Combate ao Crime Organizado da PF, os candidatos ofereciam entre R$ 120 a R$ 150 para cadastrar os eleitores em listas de voto.
A ação, que contou com a participação de 50 policiais, terminou por cumprir 13 mandados de busca e apreensão expedidos pela 8ª Zona Eleitoral de Pilar. Intitulada de Operação Pilastra, os documentos apreendidos nas residências de candidatos a vereador e cabos eleitorais ainda serão avaliados pela PF.
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“Uma fonte nos trouxe que estaria havendo o que é chamado de compra de voto. Estavam fazendo lista de eleitores para receber os votos, de R$ 120 a R$ 150, mais ou menos. A gente entrou em contato com a zona eleitoral da área e hoje cumprimos 13 mandatos. Havia alguns candidatos, havia gente de todas as coligações envolvidas, mas não houve a prisão de ninguém”, explica o delegado.
Os nomes dos envolvidos permanecem em segredo de Justiça já que permanecem na condição de investigados. O número de vítimas do possível crime ainda está sendo levantado. O delegado informa ainda que, se caso seja constatado o crime eleitoral, a PF deverá solicitar novas diligências com pedido de medida cautelar contra os suspeitos.