Com apenas 27 anos de emancipação política, em 1951, Arapiraca era um município que trilhava novos rumos para o desenvolvimento local, abrangendo a fumicultura, o artesanato e a feira livre municipal, destaque em todo o Nordeste brasileiro.
Para que o progresso não parasse, o prefeito da ocasião, o Dr. Coaracy da Mata Fonseca, em parceria com Camilo Colier dava início às obras da estrada de ferro, essa que pudesse contribuir com o comércio arapiraquense.
Por possuir muitas pessoas trabalhando nas obras da ferrovia, Colier buscava um meio para que os trabalhadores pudessem se divertir em seus dias de folga. Foi quando, a pedidos, o empresário optou pela construção de um campo de futebol, formando desta forma, o time do Ferroviário com as cores em preto e branco.
Com a conclusão das obras da estrada de ferro, o Ferroviário também teve um fim. A população arapiraquense se via indignada, pois os jogos do time alvinegro era a única forma de diversão que a população possuía naquela época.
Inconformados pela perda do futebol aos domingos, empresários e autoridades da cidade, após várias discussões, decidiram fundar, no dia 25 de setembro de 1952, a Associação Sportiva de Arapiraca, o ASA, que surgia da força do empreendedor Antônio Pereira Rocha, o primeiro presidente do clube alvinegro.
A história de glórias do alvinegro se inicia em 1953, com apenas meses de existência, o ASA disputava o seu primeiro torneio, o Campeonato Alagoano, esse ligado a Federação Alagoana de Futebol (FAF).
Naquele ano, o Gigante Arapiraquense sagrou-se campeão estadual, após ser o maior vitorioso da divisão realizada entre os times do interior do Estado de Alagoas e pela opção do Ferroviário de Maceió de não disputar a finalíssima contra o ASA na ocasião.
A história alvinegra prosseguiu e com ela veio a criação do hino do ASA, letra do professor Pedro de França Reis e música do maestro Jovelino José de Lima. A partir daí surgiu o primeiro canto da torcida arapiraquense para incentivar o time nas partidas: “Uh, ASA Gigante!”.
Durante as décadas de 60 e 70, o Gigante Arapiraquense ficou conhecido pelo apelido de “Fantasma das Alagoas”, menção as vitórias conquistadas nas viagens realizadas pelo Nordeste brasileiro.
Em 1973, um ídolo da seleção brasileira de futebol, o genial Mané Garrincha, vestiu o manto ASA e ajudou na vitória diante do time do CSA pelo placar de 1 a 0. Certo que o craque não foi o autor do gol, mas o passe saiu das suas pernas tronchas aos 32 minutos do segundo tempo.
Em meados de 1977, a Associação Sportiva de Arapiraca passava a se chamar Agremiação Sportiva Arapiraquense, mantendo a sigla ASA e as cores em preto e branco.
No Campeonato Brasileiro de 1979, o Fantasma das Alagoas ficou conhecido nacionalmente pela excelente campanha realizada naquele ano. O time de Arapiraca chegou a segunda fase da competição nacional com cinco vitórias consecutivas.
Após um longo período de espera, após 47 anos do seu primeiro título, em 2000, o ASA voltava a ser campeão estadual. O alvinegro desbancou o CSA, jogando no Estádio Rei Pelé, pelo placar de 1 a 0, gol do volante Jaelson Marcelino aos 25 minutos do segundo tempo.
Logo após o fim desse jejum de títulos, os arapiraquenses comemoravam uma sequência vencedora de campeonatos estaduais. Foram mais quatro títulos, dentre eles: 2001, 2003, 2005 e 2009.
No mesmo ano em que foi campeão alagoano, o destino parecia querer mais para o Fantasma das Alagoas e ainda em 2009, em uma campanha vitoriosa, o ASA conquistou o acesso para disputar a Série B de 2010, graças ao jogo que ficou conhecido em Arapiraca como a Batalha do Acre.
Hoje, aos 64 anos de existência, o time das cores preta e branca busca mais um acesso à Série B do Campeonato Brasileiro.