Na qualidade de Diretor de Comunicação do Tribunal de Contas de Alagoas cumpre-me o dever de zelar pela instituição, pela maneira correta com que estamos administrando aquela diretoria e, ainda mais, o modo pelo qual instalamos e estamos gerindo os destinos de uma emissora de televisão aberta e pública dentro do seu próprio slogan que é o de “televisão pública com cara de povo”.
Este diretor não é um neófito, tem 60 anos de profissão e nada, absolutamente nada que o desabonasse durante toda a sua vida em empresas privadas e públicas. Estou sendo vilipendiado pelo Conselheiro Anselmo Brito, com o qual nunca tive um gesto de indelicadeza que fosse e que insiste em dizer que a nossa emissora não é institucional e que nela existem comerciais, o que não é verdade, além de afirmar que estou me locupletando comercialmente da emissora. Como titular absoluto de dois programas de televisão que já estão no ar há 24 anos e que há 9 estão na emissora fechada TV Mar, com a qual mantenho um contrato de compra de horário, resolvi, pela dignidade dos dois programas, selecionar alguns que tratam de assuntos relativos à cidadania, à instituições como o próprio Tribunal de Contas, à cultura, como lançamentos de livros, gastronomia e tantos e tantos outros assuntos de alta seriedade para a sociedade e que, pela maneira informal como são apresentados, têm sido alvo do interesse dos telespectadores da nova TV Cidadã incluindo muitos que pertencem ao próprio Tribunal de Contas. Além de documentários e programas de outras instituições oficiais. Sem ferir os princípios da comercialização, proibida nessas emissoras, A não ser em casos de “apoio cultural” previsto em lei, retiro toda a parte comercial dos programas exibidos na TV Mar para exibi-los também na TV Cidadã. Verifique-se que as emissoras oficiais seguem um novo rumo, um novo caminho que é o de falar uma linguagem mais informal, mais povo. Por outro lado, gostaria de informar que, este ano, estou completando, entre rádio e televisão, desde 1986, um total de 27 mil entrevistas – aliás este conselheiro Anselmo Brito já foi um dos participantes – desafiando qualquer dos entrevistados, em qualquer época e em qualquer canal a provar ou até mesmo dizer que pagou um tostão que fosse para este profissional.
No entanto, é preciso que se entenda que, dentro do Tribunal de Contas, por exemplo, onde me situo e luto pela vida ainda aos 78 anos de idade, estou sendo atacado, como profissional, por este cidadão que difere de mim apenas por ostentar o título de Conselheiro daquela Corte de Contas. E, obviamente também num comportamento que não condiz com o cargo, ofendendo a tantos quantos queira e gratuitamente, a mim me inclui tentando manchar-me, logo a mim que tenho a honra de ostentar os títulos de Cidadão Maceioense e de Cidadão Alagoano, além de mais de 15 comendas recebidas e nunca compradas. Acusa-me de comercializar uma emissora pública e de receber “jabás” que, na gíria jornalística seria receber propina para colocar no ar assuntos e pessoas. Tenho moral, senhor Conselheiro, para colocar no ar quem eu quero e como quero, dentro da lei, sem ofender ninguém e, sobretudo dentro de um sentimento que faz parte do meu eu: Se puder colocar pessoas e assuntos para cima positivamente, para baixo não os porei.
Pare por aí, Conselheiro. Porque não ficará nada bem um processo de calúnia de um diretor para um Conselheiro. Ou melhor, de um homem para outro. Minha família não será ofendida pelo senhor sem respostas à altura. Recolha-se por favor ao fundo da sua consciência, reflita bem no que está fazendo porque me gabo de, em toda a minha vida, jamais ter precisado fazer uso da justiça contra quem quer que seja, mas se preciso for, sobremodo em nome da minha honra e em nome dos meus 13 filhos, 18 netos e 2 bisnetos, o farei tranquilamente. É o que tenho a responder, por enquanto.