A fila de espera para receber um transplante de córnea, rim ou coração chega a 265 pessoas em Alagoas. E para diminuir a agonia da espera daqueles que necessitam de um órgão, a Central de Transplante do Estado promoveu uma ação de conscientização nesta quarta-feira (28), no Hospital Geral do Estado (HGE), no bairro Trapiche, em Maceió.
Durante a ação, a dona de casa Maria Aparecida da Conceição, autorizou a doação das córneas do marido, o agricultor aposentado Cícero Basílio da Costa, 66 anos. Ele sofreu um infarto e estava internado no HGE.
“Os profissionais da equipe da Central de Transplante de Alagoas falaram, durante a entrevista, sobre a importância da doação de córnea. Fico feliz em saber que continua um pedacinho vivo do meu marido na terra. Tomei essa atitude porque ele sempre foi uma pessoa muito boa e gostava de ajudar ao próximo. Mesmo com a sua partida, ele vai continuar ajudando”, disse Maria da Conceição.
“A partir de agora, também me considero uma doadora de órgãos, por saber que, de alguma forma, continuamos vivos e temos a possibilidade de salvar vidas”, salientou a dona de casa Maria da Conceição, que acompanhou o marido no Hospital Geral do Estado.
Lisieux Ferro, assistente social da Central de Transplantes de Alagoas, disse que a ação foi realizada no Hospital Geral do Estado por ser a maior unidade de saúde do Estado no atendimento de vítimas de traumas e casos de urgência e emergência. “No HGE temos o maior número de mortes cerebrais e, por isso, a importância de conversarmos com as famílias, para que elas possam salvar vidas e, assim, diminuir a fila de espera por um transplante”, destacou a assistente social.
Durante a panfletagem, a manicure Maria Cícera Soares foi abordada pelos profissionais da Central de Transplantes de Alagoas e declarou que era doadora de órgãos. “Eu concordo com a atitude da doação de órgãos e já comuniquei a minha família que sou doadora. Sei que é importante esse gesto e, com uma doação, podemos salvar várias vidas”, evidenciou.
