Fachin libera denĂșncia contra Renan Calheiros para julgamento no STF

renan filho3O ministro Luiz Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), liberou nesta terça-feira (4) para julgamento no plenĂĄrio da Corte a denĂșncia apresentada pela Procuradoria Geral da RepĂșblica contra o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). O senador foi acusado de ter despesas de uma filha com a jornalista MĂŽnica Veloso bancadas por uma empreiteira.

CaberĂĄ Ă  presidente do STF, ministra CĂĄrmen LĂșcia, marcar a data do julgamento. O plenĂĄrio do Supremo terĂĄ que decidir se abre ou nĂŁo ação penal e transforma o presidente do Senado em rĂ©u.

A denĂșncia foi feita pela Procuradoria Geral da RepĂșblica hĂĄ mais de trĂȘs anos e meio, mas ainda nĂŁo foi analisada. Na decisĂŁo, Fachin afirmou que a partir de agora vai elaborar o relatĂłrio sobre a denĂșncia e levar o inquĂ©rito para o plenĂĄrio decidir se abre ou nĂŁo ação penal.

Renan foi acusado em janeiro de 2013 por crimes de peculato, falsidade ideolĂłgica e uso de documento falso por supostamente ter recebido propina da construtora Mendes JĂșnior.

Conforme a denĂșncia da Procuradoria, Renan Calheiros forjou documentos para justificar o dinheiro que recebeu da construtora e enriqueceu ilicitamente. O episĂłdio envolvendo MĂŽnica Veloso, desvendado em 2007, levou Renan Ă  renĂșncia do cargo de presidente do Senado.

O presidente do Senado nega ter tido as despesas pagas com dinheiro pĂșblico e disse, em fevereiro, que a denĂșncia Ă© um “excesso” do STF.

Em fevereiro deste ano, o caso chegou a entrar na pauta de julgamentos do plenĂĄrio do Supremo, para o tribunal decidir se abriria ou nĂŁo ação penal contra o senador, mas foi retirado de pauta pelo relator, o ministro Luiz Edson Fachin, por conta de “diligĂȘncias” pendentes, ou seja, verificação de provas.

A Procuradoria apontou prescrição em parte dos crimes de falsidade ideolĂłgica e uso de documento falso atribuĂ­dos a Renan, mas reafirmou “sua convicção de que jĂĄ estavam presentes indĂ­cios suficientes para o recebimento da denĂșncia” e pediu urgĂȘncia porque hĂĄ risco de prescrição de mais crimes.

Na avaliação do ministro, porĂ©m, a urgĂȘncia nĂŁo se apresenta porque as acusaçÔes de peculato e falsidade ideolĂłgica de documento pĂșblico sĂł prescrevem em 2019.

Renan Calheiros também é investigado em outros onze inquéritos no Supremo, sendo oito relacionados à Operação Lava Jato, por suspeita de participação dele no esquema de desvio de dinheiro da Petrobras.

Fonte: G1

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