A 12 dias do segundo turno das eleições municipais, a campanha para a Prefeitura de Maceió ganha o noticiário pela troca de acusações entre as coligações. A coligação do deputado federal Cícero Almeida (PMDB) convocou coletiva de imprensa nesta segunda, 17, para formalizar denúncias contra a campanha de Rui Palmeira (PSDB), que tenta a reeleição. Os advogados de Almeida, no entanto, se recusaram a falar sobre as denúncias contra a própria coligação.
No fim de semana, foi registrada a publicação de matérias falsas envolvendo veículos como o Extra e Gazetaweb, que traziam notícias falsas sobre Palmeira. Os dois veículos emitiram nota de repúdio e afirmaram que irão adotar as medidas legais para tentar identificar os acusados e puni-los.
Ainda durante o final de semana, foi denunciada uma série de ligações, no estilo telemarketing, onde o interlocutor afirmava que o candidato Rui Palmeira estaria sendo investigado pela Operação Lava Jato. O advogado da coligação de Palmeira, advogado Ricardo Wanderley, classificou o 2º turno como “eleição clandestina” e disse não haver debate de ideias, mas apenas ataque à imagem de Palmeira.
A coligação de Palmeira também já havia denunciado Almeida por utilizar servidores comissionados do Estado, em horário de trabalho, e imagens institucionais no guia eleitoral.
Já a coligação de Almeida, afirma que Palmeira nomeou irregularmente servidores descumprindo assim uma lei municipal e federal que somente permite a contratação de serviços ligados a emergência, como saúde e segurança pública.
De acordo com os advogados Luciano Guimarães e Marcelo Brabo, a conduta teria ocasionado a contratação de pelo menos 84 servidores ligados as profissões de motoristas, analistas e professores que não se enquadrariam na legislação. “É com espanto e gravidade que ofertamos essa denúncia. São 84 famílias recebendo emprego em um momento difícil do país e que interfere indiretamente nas intenções de voto”, garante Luciano Guimarães.
A ação foi protocolada ainda na última sexta-feira (14) no Tribunal Regional Eleitoral de Alagoas (TRE-AL). A coligação de Almeida afirma também que no site da Prefeitura de Maceió não consta edições passadas do Diário Oficial referentes aos meses de junho, julho e agosto, quando teria ocorrido a irregularidade. “Somente é permitido atividades de urgência e emergência e essas contratações podem ter tido um papel para desequilibrar a escolha de votos”, complementa Marcelo Brabo.