A expectativa dos consumidores para a inflação nos 12 meses seguintes recuou 0,7 ponto percentual em outubro, para 9,1%, segundo pesquisa da Fundação Getulio Vargas (FGV). O resultado indica que a estimativa segue em trajetória de queda.
Em outubro, a proporção de consumidores prevendo inflação superior a 10% nos 12 meses seguintes recuou de 34,7% para 26,2%. Já os que preveem que a inflação dos próximos 12 meses ficará entre a meta do Banco Central, de 4,5%, e o teto, de 6,5%, aumentou, de 5,3% para 9,4%.
De acordo com a FGV, a desaceleração das expectativas de inflação ocorreu em todas as classes de renda. O maior recuo no mês partiu da faixa de renda familiar mensal entre R$ 2,1 mil e R$ 4,8 mil: de 10,3% para 9,3%. Na faixa de renda superior a R$ 9.600, a inflação prevista recuou para 8,1%.
“No ano a expectativa de inflação dos consumidores para os próximos 12 meses já cedeu 2,3 pontos percentuais. Este resultado reflete três fatores: a queda do IPCA acumulado em 12 meses, de 10,7% em janeiro para 8,5% em setembro, a desaceleração dos preços de alimentos, que esse ano ocorre um pouco mais tarde e a repercussão na mídia de que a inflação convergirá para a meta mais rápido que o esperado anteriormente”, afirma o economista Pedro Costa Ferreira, da FGV/IBRE, por meio de nota.