Pelo menos 60 pessoas morreram e dezenas ficaram feridas em um ataque contra uma Academia de Cadetes da Polícia em Quetta, no sudoeste do Paquistão. Três homens-bombas entraram no local e abriram fogo contra os cadetes.
Os três criminosos conseguiram entrar na Academia de Polícia, onde moram quase 700 cadetes, às 23h30. Ele se dirigiram à torre de controle e entraram no prédio após um tiroteio. As forças de segurança chegaram ao local em 20 minutos, afirmou o general Sher Afgan, comandante do Frontier Corps, unidade paramilitar responsável por operações contraofensivas. O grupo Estado Islâmico eos talibãs paquistaneses reivindicaram o ataque.
Segundo ele, vários recrutas foram tomados como reféns. O exército também iniciou uma operação com o apoio de helicópteros. As imagens na TV mostram soldados entrando na academia e ambulâncias retirando os feridos. Os autores do ataque morreram durante um confronto que durou mais de três horas.
De acordo com o porta-voz do governo da província do Baluchistão, Anwarullah Kakar, os funerais estão previstos para a tarde de terça-feira.Vários parentes se dirigiram para o local do ataque, que foi atribuído num primeiro momento ao grupo Lashkar-e-Jhangvi. .
Série de ataques
O atentado acontece um dia depois de um homem armado do Exército de Libertação do Baluchistão, em uma motocicleta, matar dois guardas e um civil em uma zona remota da costa desta província. Em agosto, um ataque suicida contra um hospital de Quetta deixou 73 mortos, incluindo vários advogados que protestavam contra a morte de um colega em um tiroteio.
O atentado de agosto foi reivindicado por uma facção talibã, a Jammat-ul-Ahrar (JuA), e depois pelo grupo jihadista Estado Islâmico (EI). A província do Baluchistão é uma zona-chave para as ambições regionais da China, que quer completar um corredor que lhe permita acesso ao Mar da Arábia.
