O secretário de Segurança de São Paulo, Mágino Alves, afirmou nesta segunda-feira (7) que é “nítido” que o policial militar que matou três ladrões em tentativa de assalto durante corrida do Uber agiu em legítima defesa. O chefe da pasta da Segurança destacou que eventual excesso por parte do PM será apurado durante a investigação.
“O caso do PM, para quem assiste a gravação, fica nítido que ele agiu realmente em legítima defesa. Ele estava sendo vítima de um roubo com três elementos. Esta ação dele se defendendo foi filmada, e o restante, um eventual excesso do policial na ação, isso vai ser apurado no decorrer do processo”, afirmou Mágino.
O secretário falou com a imprensa em um evento no Ministério Público do estado para assinatura de um convênio com a secretaria de Saúde que investigará fraudes na judicialização de remédios, próteses e operações na saúde pública.
De acordo com a Secretaria da Segurança Pública (SSP), o PM, que também é motorista do Uber, recebeu uma solicitação de viagem feita por uma mulher. Ao chegar ao local, havia três homens, que pediram ao motorista para parar na casa de uma amiga no meio do caminho. Quando o carro parou, um dos homens anunciou o assalto e apontou a arma para o policial.
Segundo a SSP, o policial reagiu à tentativa de assalto, sacou uma arma e disparou contra os três assaltantes, que não resistiram aos ferimentos.
No vídeo gravado por câmeras de segurança é possível ver o momento em que um dos assaltantes aborda o motorista, já do lado de fora do carro. O policial reage, apontando a arma para o assaltante, que corre. O policial vai atrás, e os outros dois assaltantes abrem a porta do carro para fugir. O PM volta e atira neles. Um dos assaltantes desaparece da imagem da câmera, mas o outro fica caído no chão, com parte do corpo à mostra.
O vídeo mostra ainda que o policial voltou para ir atrás do primeiro assaltante que o abordou. Em seguida, retorna para o carro e aponta a arma mais uma vez para o assaltante que está caído no chão. O PM se aproxima do assaltante e chuta a cabeça dele antes de se afastar outra vez.
O caso está sendo investigado pela Divisão de Homicídios do Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa. A Polícia Civil encaminhou para perícia duas armas dos assaltantes mortos, uma calibre 32 e outra 38. O local do dos disparos também passou por perícia do Instituto de Criminalística.