Policiais civis deflagram paralisação de 24h nesta terça

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Os policiais civis deflagrarão paralisação de 24 horas nesta terça-feira (08). A categoria paralisará os trabalhos nas delegacias, nas distritais, nas centrais, nas especializadas, nas regionais e nos setores da Polícia Civil em todo o Estado de Alagoas, em resposta ao descaso do governo com as reivindicações da categoria.

Nesta terça-feira (08), haverá também ato público em frente à Central de Flagrantes com café da manhã, a partir das 8 horas. A mobilização é pelo reajuste do piso salarial de acordo com piso da segurança pública para nível superior em Alagoas.

Os policiais civis estão mobilizados, desde o ano passado, pela valorização profissional, reivindicando o cumprimento da pauta de negociação que contém 23 itens, a exemplo do reajuste do piso salarial, a revisão do Plano de Cargos, Carreira e Subsídios (PCCS), o pagamento de risco de vida e de insalubridade, a correção dos valores do adicional noturno e da verba de alimentação, o fim do desvio de função que é a custódia de preso. O Governo de Alagoas não concedeu nenhum desses itens à categoria.

Negociação na Seplag

Após a realização da assembleia geral dos policiais civis, a diretoria do Sindicato dos Policiais Civis de Alagoas (Sindpol) se reuniu com o secretário de Planejamento e Gestão, Christian Teixeira, na tarde desta terça-feira (08), para mais uma rodada de negociação.

A reunião não avançou em uma nova proposta de piso salarial por parte do Governo do Estado. O secretário Christian Teixeira se comprometeu a marcar uma nova rodada de negociação com o Sindpol.

Os dirigentes do sindicato irá detalhar o teor da reunião durante a nova assembleia geral da categoria que será realizada na próxima quarta-feira (09), às 13 horas. O local ainda será divulgado pelo Sindpol.

Governo não responde o aumento de despesa

O secretário Christian Teixeira voltou a afirmar que o Governo do Estado não possuía recursos financeiros para atender os pleitos dos policiais civis. O dirigente do Sindpol Jânio Vieira questionou os números do governo. Destacou que, com a reforma fiscal e o aumento de impostos, a arrecadação aumentou em Alagoas, o que torna possível o atendimento das reivindicações da categoria.

Ele citou que, no período de janeiro a setembro de 2015, a receita foi de R$ 6 bilhões e 650 milhões, e, no mesmo período, de janeiro a setembro de 2016, a receita foi de R$ 7 bilhões e 197 milhões, o que representa um superávit de R$ 1 bilhão e 547 milhões.

O sindicalista também destacou que de janeiro a agosto de 2015, a Seplag possuía 240 funcionários com gasto de R$ 4,5 milhões. Nesse mesmo período em 2016, a Seplag aumentou o número de funcionário para 873 com gasto de R$ 12,9 milhões.

O secretário não respondeu a indagação do dirigente do Sindpol.

Nota da Seplag

A Secretaria de Estado do Planejamento, Gestão e Patrimônio (Seplag) esclarece que o Sindicato dos Policiais Civis de Alagoas (Sindpol) tenta desvirtuar as informações debatidas em Mesa de Negociação Permanente do Governo.

Ao pleitear um aumento salarial de R$ 3.062,00 para R$ 5.500,00, o que significaria um reajuste de 79,59%, fica claro que os membros do Sindicato vivem em um mundo fora da realidade, sem considerar o atual momento de crise financeira em todo o País. Vale ressaltar que o Governo de Alagoas apresentou uma proposta de aumento salarial à categoria, que foi rejeitada pelos servidores.

A Seplag ressalta que o Estado tem como função acolher a todas as categorias profissionais dos servidores públicos do Poder Executivo, o que inviabiliza o atendimento exclusivo aos pleitos do Sindpol, que não tem se flexibilizado durante os encontros em Mesa de Negociação.

Em relação ao questionamento do sindicalista sobre o aumento de funcionários na Seplag, seria preciso ter o mínimo respeito em aguardar o comparativo dos números, conforme foi acordado no encontro da última segunda-feira (07). De acordo com o explicado em reunião com os sindicalistas, o aumento da folha da Seplag deveu-se ao processo de exoneração e nomeação de cargos, respeitando os termos da Lei Delegada nº 47, de 10 de agosto de 2015.

É preciso considerar que as medidas de austeridade do Governo ajudaram a enxugar a folha de pagamento estadual em mais de 30%, tornando Alagoas o Estado com menor número de comissionados no Brasil.

A Seplag reitera que a ética, transparência e proximidade são premissas do Governo de Alagoas e têm sido colocadas em prática com os servidores públicos alagoanos, ao procurar fazer uma gestão com responsabilidade, evitando que a sociedade alagoana vivencie um caos, como tem acontecido em diversos estados da Federação.

Fonte: Sindpol

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