Presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump se tornou famoso por ser um homem de negócios. E, claro, ele já tentou a sorte no esporte também.
Antes de ter tentado comprar o Buffalo Bills, da NFL, há dois anos, Trump se arriscou na liga rival, a USFL, que durou por três anos entre 1983 e 1986.
No ano inaugural da USFL, que contou com futuras estrelas da NFL como Steve Young, Jim Kelly e Herschel Walker, Trump vendeu a franquia New York Generals para um novo dono, mas comprou a mesma de volta ao fim da temporada.
Donald Trump tentou trazer Don Shula, lendário técnico do Miami Dolphins, para comandar a equipe, mas sem sucesso, pois ele não conseguiu agradar a demanda de Shula, que queria um apartamento na Trump Tower.
Sedento pelo negócio, o empresário queria forçar uma junção da USFL com a NFL. E ele convenceu diversos donos de franquias a fazerem o mesmo.
Para fazer o negócio dar certo e temer não conseguir emplacar as franquias da USFL na NFL, os times começaram a gastar mais dinheiro do que tinham – não cumprindo a ordem inicial da liga de ter um teto salarial.
Em 1985, Trump contratou o quarterback Doug Flutie – eleito o melhor universitário no ano anterior – por US$ 7 milhões e cinco anos, valor elevadíssimo para a época.
Como parte do plano de forçar a junção das ligas idealizado por Trump, a USFL optou por fazer a temporada de 1986 no outono norte-americano – junto com a NFL – ao invés de organizar o campeonato na primavera, como vinha acontecendo.
As redes de televisão, devido à concorrência da NFL, que tinha os melhores times e maiores estrelas, começaram a desvalorizar a USFL.
Vendo a liga e ideia de junção com a NFL ruir, a USFL entrou na Justiça norte-americana alegando monopólio da sua rival, que não deixaria com que a outra firmasse acordos lucrativos e crescesse.