Dólar fecha em alta pelo 4º pregão seguido e vai a R$ 3,44

O dólar fechou em alta pelo 4º pregão seguido nesta segunda-feira (14), no patamar de R$ 3,44, com o mercado ainda reagindo a um cenário de aumento de incerteza e revendo suas posições em países emergentes, como o Brasil, após a vitória de Donald Trump à Presidência dos Estados Unidos.

A moeda norte-americana subiu 1,43%, vendida a R$ 3,4408 – maior cotação de fechamento desde 16 de junho (R$ 3,47). Veja a cotação do dólar hoje.

Em 4 sessões (desde a eleição de Trump), a alta acumulada chega a 8,63%.

Na máxima do dia, o dólar bateu R$ 3,4752, com alta de 2,44%, segundo a agência Reuters.

Já a Bovespa operava volátil nesta segunda-feira (14), alternando pequenas altas e baixas. Veja a cotação

Acompanhe a cotação ao longo do dia:
Às 9h09, alta de 1,32%, a R$ 3,4371
Às 9h20, alta de 2,11%, a R$ 3,464
Às 9h39, alta de 1,7%, a R$ 3,4501
Às 10h09, alta de 1,31%, a R$ 3,437
Às 10h39, alta de 1,43%, a R$ 3,441
Às 11h29, alta de 1,42%, a R$ 3,4407
Às 11h50, alta de 1,27%, a R$ 3,4357
Às 12h10, alta de 1,05%, a R$ 3,4282
Às 12h19, alta de 1,42%, a R$ 3,4406
Às 13h19, alta de 1,74%, a R$ 3,4515
Às 15h19, alta de 1,68%, a R$ 3,4407

Às 16h19, alta de 1,43%, a R$ 3,4454

Efeito Trump
Por causa do feriado da Proclamação da República na terça-feira, o volume da sessão foi um pouco mais contido, segundo a Reuters.

“O mercado está bem atento ao que está acontecendo lá fora e o destaque é a alta bastante firme dos juros dos Treasuries [títulos do Tesouro dos EUA]”, comentou o economista da corretora BGC Liquidez, Alfredo Barbutti, à Reuters.

Em sua campanha à Presidência, Donald Trump prometeu criação de empregos principalmente por meio de gastos em infraestrutura, o que pode gerar inflação e obrigar o Federal Reserve, banco central norte-americano, a ser mais agressivo em sua política de elevação das taxas de juros. Assim, as taxas de títulos futuros norte-americanos subiam, com destaque para os bônus de 10 anos.

Juros mais altos nos Estados Unidos têm potencial para atrair recursos aplicados em outros mercados, como o brasileiro, motivando, assim, uma tendência de alta do dólar em relação a moedas como o real. O dólar também subia frente a outras moedas de países emergentes nesta sessão, como o peso mexicano.

Leia também: Após vitória de Trump, mercado vê corte menor de juros no fim do mês

BC volta a intervir
Com a forte reação no mercado de câmbio, o Banco Central brasileiro voltou a atuar por meio de swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares. Neste pregão, vendeu 15 mil contratos para rolar os swaps que vencem em 1º de dezembro.

No entanto, o mercado está de olho em novas atuações, como fez o BC no pregão passado, quando anunciou outros dois leilões de swaps tradicionais. Desde abril passado, ele não usava esse instrumento, atuando apenas por meio de swaps reversos, que equivalem à compra futura de dólares. Ambas as modalidades têm o objetivo de evitar oscilações bruscas da moeda, como fortes altas e baixas.

O presidente do BC, Ilan Goldfajn, já afirmou que continuará atuando no mercado de câmbio, ressaltando que o estoque de swaps tradicionais é menor hoje em dia, o que dá “conforto” para a ação do BC. Disse ainda que o câmbio flutuante no Brasil é uma importante ferramenta e repetiu que o BC somente reduzirá o estoque de swaps tradicionais quando as condições de mercado permitirem.

Por causa do feriado da Proclamação da República na terça-feira, a “tendência é de volatilidade e baixos volumes”, segundo a corretora Fair, em relatório a clientes.

Fonte: Do G1, em São Paulo

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