Pai faz campanha na web para achar filho levado pela mãe há dois anos

Mãe do garoto é procurada por matar e carbonizar corpo do tio na Bahia.

Facebooked_adham_ok_filho_620

Sem notícias do filho há dois anos, o tatuador Adham Wahab, que mora em Campo Grande, começou uma campanha nas redes sociais para tentar informações sobre o garoto que desapareceu com a mãe, ex-mulher de Adham. Ela é procurada pela Justiça acusada de matar e carbonizar o corpo do tio na Bahia, segundo a Polícia Civil local. O crime foi em 2014 e, desde então, o pai não conseguiu mais contato com o garoto.
No último dia 6 de novembro, Nicolas completou 13 anos. Foi o segundo aniversário consecutivo que Adham não conseguiu ver nem ligar para o filho. Preocupado com a exposição do filho, Adham disse ao G1 que relutou em tornar público o sumiço do garoto.
“Não queria expor situação, principalmente por ele, mas não tenho outra saída a não ser a mídia, as redes sociais, a ajuda das pessoas. É agora ou nunca. Fiz a postagem meio que por impulso, se fosse para pensar em não expor meu filho eu não fazia, mas não sei onde ele está, se está no Brasil. Ninguém dos parentes fala nada. Já fui na polícia, na Justiça, na família”, desabafou.
Com ajuda de familiares e amigos, Adham compartilha a foto de Nicolas e espera ter alguma pista sobre onde está o garoto. Ele disse que entrou com pedido judicial de guarda do filho logo que soube do crime na Bahia, mas como a ex-mulher não foi localizada até o momento, o processo ficou parado. O pai também registrou um boletim de ocorrência contra a ex-mulher por ter sumido com o filho.
“Minha maior preocupação é o que está sendo falando para o Nicolas quando ele pergunta do pai dele. Meu medo é como que meu filho fica quando pergunta do pai, porque podem estragar a cabeça dele. Com certeza ele não deve estar sabendo de nada e também tenho medo dele ser maltratado. Se a pessoa faz o que fez com o próprio tio, a gente não pode duvidar de mais nada”, ressaltou.
Separação
Adham e a ex-mulher se separaram em 2003. Na época, o tatuador concordou em deixar o filho sob a guarda da mãe, levando em consideração a pouca idade da criança, mas em seguida começou a ter dificuldade em falar ou saber do filho.
“Quando a gente se separou, ela sumiu durante 11 meses e foi então que eu fiquei sabendo que ela tinha ido para a Bahia. Na época, eu pedi a guarda, mas vi que ele dependia mais dela do que de mim, então, deixei a guarda com ela, mas sempre procurei e visitei. Apesar da distância, a gente tinha contato sempre, eu e meu filho”, explicou.
Anos depois, em 2013, a ex-mulher voltou a Campo Grande com o filho para terminar o curso de direito que tinha começado. Adham lembra que nessa época Nicolas fez amigos e quando a ex-mulher se formou, ele pediu para que a criança ficasse na cidade.
“Eu falei pra ela que era melhor o Nicolas ficar aqui, onde tinha famíla e amigos, mas ela disse que queria voltar para a Bahia. Em 2014, pouco antes de eu ficar sabendo do crime, meu filho me ligou chorando dizendo que queria morar comigo, foi quando eu falei para o advogado entrar com pedido de guarda, mas não deu tempo, meu filho sumiu antes”, lamentou.
Segundo o site do Tribunal de Justiça da Bahia, a ex-mulher de Adham é acusada de homicídio qualificado. Além dela, outro homem também é réu no processo e está preso. O G1 não conseguiu contato com a mulher.

Fonte: G1

Veja Mais

Deixe um comentário