Curado de câncer de próstata, servidor da Arsal alerta: “O exame não é nada perto da doença”

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Com o “Novembro Azul” prestes a terminar, o depoimento de Ronaldo Farias, Ouvidor da Agência Reguladora de Serviços Públicos de Alagoas (Arsal), emocionou os servidores que participaram de um evento alusivo ao tema. Com coragem e parando em alguns momentos devido à emoção, o Ouvidor relatou sua experiência recente com o câncer de próstata.

Ainda recém-operado para a retirada do tumor, Ronaldo contou que transcorreu um mês entre o diagnóstico e a cura da doença, ressaltando, a todo o momento, que a prevenção foi essencial para salvar sua vida.

A história que o levou a não descuidar da saúde começou há alguns anos, quando o Ouvidor perdeu o pai, em 1999, e no ano seguinte, o sogro, ambos em decorrência do câncer de próstata. “Perdi meus dois melhores amigos para essa doença… Deus coloca situações difíceis de digerir na nossa vida, mas, elas são ingredientes para algo muito positivo lá na frente”.

“Foram perdas terríveis. Meu pai era jovem, atlético, mas, era preconceituoso e não agiu como deveria. Só resolveu ir ao médico quando estava com dor nos ossos e já havia metástase. Ele morreu aos poucos, perdendo todas as suas funções… O câncer de próstata mata sem dignidade. O exame não é nada perto do que você sofre com a doença”, relatou, ao descrever a debilidade física e mental sofrida pelo pai em seus últimos dias.

Chorada por anos, a morte de ambos foram, para Ronaldo, os primeiros ingredientes que Deus colocou em sua vida, fazendo-o procurar um médico e descobrir uma hiperplasia benigna da próstata, doença com a qual conviveu por 17 anos, seguida de problemas de hipertensão.

Frisando que, exatamente naquele instante do depoimento, completava 30 dias do diagnóstico, ele contou que, devido ao histórico médico e familiar, costumava repetir os exames de próstata de seis em seis meses, mas, esse ano, deixou passar mais tempo.

“Deveria ter feito os exames em março, mas adiei. Em agosto, percebi que estava sem disposição para nada… Achei que fosse efeito do remédio para pressão e fiz uma bateria de exames onde um deles mostrou a progressão do PSA”, contou, dizendo que o diagnóstico foi constatado após o resultado do exame de toque: “Nessa hora, o chão desaparece. Tudo desaparece, vira nada. Você só pensa em sobreviver”.

Em menos de uma semana após o diagnóstico, Ronaldo foi operado em São Paulo e, exames realizados após a cirurgia constataram a inexistência de células malignas. “Eu estou curado. Há possibilidade de retorno da doença? Sim. Mas, é mínima. Deus dá o livre arbítrio… Eu poderia ter recebido todos os ingredientes ruins e não ter feito nada, tendo o mesmo fim do meu pai, do meu sogro e outros milhares de homens”,

“A doença mata com constrangimento, sem dignidade… Sinto-me na obrigação de transmitir isso. Fiz questão de dar esse depoimento e espero que ele sirva para vocês se tornarem multiplicadores da importância da prevenção”, finalizou Ronaldo.

Fonte: Arsal

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