Está prevista para ocorrer nos próximos dias uma paralisação de 24 horas dos serviços da Perícia Oficial de Alagoas, na tentativa de chamar a atenção do poder público para as necessidades da categoria.
Entre as reivindicações, está a contratação da reserva técnica, a adição da insalubridade para os novos peritos que já atuam sem nenhum tipo de garantia de sua integridade física, Programa de Cargos, Carreiras e Subsídios (PCCS), além de necessidades estruturais e renegociação salarial. Promover novos concursos para a contratação de mais profissionais especializados também é apontado como de grande importância.
Em Alagoas, pouco mais de 100 profissionais – entre eles peritos médicos-legistas e peritos odontolegistas – compõe o quadro da Perícia Oficial, mas de acordo com a Associação Brasileira de Criminalística, o Estado deveria ter cerca de 500 profissionais atuando.
Com a inauguração do Instituto de Criminalística de Arapiraca, prevista para acontecer brevemente e que atenderá cerca de 52 municípios no interior do estado, a escassez de peritos disponíveis para atender toda a demanda tende a crescer já que as taxas de homicídio têm mantido Alagoas em um triste pódio de um dos locais mais violentos do país.
Segundo o presidente do Sindicato dos Peritos Oficiais de Alagoas (Sinpoal), Paulo Rogério Ferreira, a valorização dos peritos é necessária, pois toda a Segurança Pública só tem a ganhar.
“Nossa paralisação é uma tentativa de chamar a atenção do governo para as necessidades que temos enquanto agentes que precisam de estrutura para ajudar a elucidar um crime e apontar, através da Ciência, a materialidade e a maneira como ele aconteceu”, observou o presidente do Sinpoal.