Coletivo Diversidade em Movimento discute direitos e políticas públicas em evento

Evento aconteceu na tarde deste domingo, no Corredor Vera Arruda, na Jatiúca

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Coletivo Diversidade em Movimento discute direitos e políticas públicas em evento

Dezenas de pessoas ligadas a movimentos LGBTs, movimentos afros e simpatizantes da causa participaram na tarde deste domingo (18), do Coletivo Diversidade em Movimento, realizado no Corredor Vera Arruda, na Jatiúca.

A ideia surgiu após o cancelado da Parada Gay, que seria realizada também neste domingo. De acordo com a educadora sexual, Milka Freitas, a ideia do evento era reunir os grupos para discutir, de forma efetivas, ações de educação, contra a intolerância e preconceito conta todas as formas de diversidades.

A programação contou com diversos debates que discutiram os mais variados temas com os participantes, a maioria jovem. O primeiro debate foi sobre religião e sexualidade, com a participação do pastor Marcos, da Igreja Batista do Pinheiro, que destacou a importância de não distinguir as pessoas pela opção sexual e acolher na igreja, sem que as pessoas pecisem se esconder.

“São nas igrejas cristãs, as que têm o discurso mais intolerante em relação à homossexualidade que estão a maioria dos homossexuais, mas que se escondem para ser aceitos. Então só estamos abrindo o espaço para que eles frequentem um ambiente de fé sem que precisem se esconder e lá no Pinheiro a gente acolhes estas pessoas. Temos espaço para todos. Esta é a nossa tentativa de diminuir os casos de violência contra eles. Tivemos um debate muito importante neste encontro”, disse o pastor.

Para o integrante do Conselho Estadual LGBT, Igor Nascimento, o movimento silencioso ocorrido neste domingo é uma forma de mostrar o momento que o grupo está vivendo. Segundo ele, o ano de 2016 foi uma no de luto.

“Tivermos dezessete casos de homicídios este ano e esse é o momento de mudar e rever o que é o conceito de lutar pelos direitos. Hoje é um momento cultural, com a participação dos jovens e mostrar que temos que lutar por saúde, educação e, principalmente, um trabalho mais específico para conter a violência contra os LGBTs em nosso Estado. É um momento de luto e de reforçar nossa luta”, disse Igor Nascimento.

Apesar do momento de luto e de luta, os participantes também lembraram que o momento é de celebração. É o que defende o presidente do Conselho Municipal de Direito e Cidadania LGBT, Jadson Andrade.

“Quero dizer que este é um momento de celebração e que isso tudo pode mudar. Eu acho que quem veio, mesmo com as dificuldades de quem não apóia nossos eventos, é uma representatividade eles estarem aqui. E hoje não estamos apenas falando da violência, mas estamos celebrando a vida e o direito de sermos iguais. Nós não queremos ser nem mais e nem menos, apenas iguais. Nós não podemos ser considerados cidadãos de terceiro mundo apenas por termos escolhido uma orientação sexual diferente”, declarou Jadson.

Também estiveram presentes representantes da Associação das Transsexuais e Travestis, do Instituto Feminista Jarede Viana e de diversos grupos relacionados à causa.

Na programação, prevista para se estender até a noite desse domingo, teve ainda oficinase apresentações culturais.

 

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