Longe da Lava Jato, PSDB se concentra na disputa pelo Executivo Estadual

Os tucanos estiveram reunidos em Maceió e discutiram planos para 2017.

João Urtiga / Aalgoas 24 HorasDSC_8262

Os 18 prefeitos eleitos e reeleitos pelo PSDB em Alagoas se reuniram, na manhã desta terça-feira (20), em um hotel da Pajuçara para o seminário sobre licitações e gestão municipais. Na oportunidade, a primeira do ano após os resultados das urnas em outubro, o secretário executivo do PSDB-AL Claudionor Araújo avaliou o momento do partido e projetou o futuro da sigla para 2017.

De acordo com Araújo, a sigla foi a mais votada de Alagoas ao somar 381 mil votos. Os tucanos irão governar por tabela 1 milhão 590 mil habitantes, sendo o reflexo do desejo de quase 47% da população alagoana.

Apesar das contas astronômicos, Araújo diz que o sucesso não pode subir a cabeça e que a missão do partido se tornou responder o apelo popular pós-impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT). “Como todos sabem, o PSDB saiu bastante fortalecido dessas eleições, contamos com prefeitos fortes como o Rui Palmeira [reeleito], em Maceió e Rogério Teófilo [eleito], em Arapiraca e tudo isso aumenta a nossa responsabilidade”, afirma.

Se a chapa PT e PMDB se tornou cada vez mais desgastada, principalmente após o andamento das investigações da Lava Jato, conduzidas pelo juiz Sérgio Moro, a “batata quente” da Justiça parece não atingir o PSDB que almeja colocar um futuro nome no mais alto cargo do Executivo.

Apesar de Aécio Neves, José Serra e, em Maceió, Rui Palmeira, terem sidos apontados como possíveis beneficiados do esquemas de propina da Odebrecht, não há contra estes nada provado ou oficialmente iniciado pela Justiça. Em Maceió, no caso de Palmeira, o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) não apontou qualquer envolvimento. A denúncia havia sido ofertada pela oposição, em outubro, formada pela candidatura de Cícero Almeida (PMDB).

Sendo assim, para Araújo, esta é a prova de os tucanos não obstruem qualquer andamento da Lava Jato, muito pelo contrário, apoiam veemente. “Nós temos que ter bastante cautela, é uma questão muito grave, envolve todo um mundo político. Tem um reflexo em todos os partidos, em todas as escalas de ordem política, mas temos que apoiar a Lava Jato de modo que se apure tudo e, quem tiver errado, que pague. O PSDB quanto a isso está muito tranquilo. Não estamos obstruindo as investigações”, garante.

Agora, com a crise nacional batendo na porta do governo iniciado pelo presidente Michel Temer (PMDB), também alvo de denúncias na Lava jato, e do presidente do Senado Federal, Renan Filho (PMDB), o número de pesquisas de intenção de votos começam a crescer como especulação na imprensa, assim como o desejo do brasileiro por novas eleições antes de 2018. Quanto a esse tema Claudionor Araújo é enfático: a legenda não possui qualquer nome que possa fazer frente em uma nova eleição, mas garante que os tucanos estarão sim no pleito federal.

“Acabamos de sair de uma eleição e já se começa a falar em outra em 2017, evidentemente que quando mais for se aproximando teremos que definir logo um nome, mas é prematuro. De certo modo não é problema para o PSDB. Hoje nós somos o partido que mais tem força em suas lideranças individuais. Fomos ainda o que mais cresceu em 2016 e vamos agora mostrar serviço, a começar pelo nosso prefeito João Dória [PSDB], em São Paulo, pois queremos mostrar que o PSDB pretende sim voltar ao comando do país em 2018”, garante.

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