Dois reeducandos do sistema prisional de Alagoas comandavam o tráfico de drogas no Vergel e Dique Estrada. Essa é a informação repassada pela Secretaria de Segurança de Alagoas (SSP), no final da manhã desta quarta-feira (28), durante coletiva de imprensa ocorrida na sede da SSP, no Centro.
Segundo o delegado adjunto da Delegacia de Repressão ao Narcotráfico (DRN), Rodrigo Sarmento, a operação realizada nas primeiras horas de hoje tinha por objetivo cumprir oito mandados de prisão e desarticular o comando do tráfico de entorpecentes que circula no bairro do Vergel, tendo ênfase na Avenida Senador Rui Palmeira, também conhecida como Dique Estrada.
Com isso, os detentos José Flávio Nunes (Presídio do Agreste), o Flávio da Toca, de 28 anos, e Rodrigo Cleiton Félix da Silva Brabo (Baldomero Cavalcanti) foram identificados como os comandantes do comércio de drogas na região.
Além deles, outros dois líderes foram identificados e abordados pela Polícia Militar: Cristiane Soares de Nóbrega, de 22 anos e José Eraldo Bezerra, de 45 anos, o Eraldo do Gás. Eraldo entrou em confronto com os militares e foi ferido, mas não resistiu aos ferimentos e veio a óbito. Já Cristiane, considerada pelo delegado como esposa de um dos detentos, foi presa em cumprimento ao mandado judicial.
Outras seis pessoas também foram presas em incursões no bairro: Gonçalo Barbosa dos Santos, vulgo “Casquinha”, de 39 anos; Rozinalva Tertuliana de Moura, de 49; Adriano Gustavo da Silva Santos, vulgo “Garrincha”; Everton Evangelista dos Santos, de 28 e Maria de Lourdes dos Santos, de 34.
Todos eles possuem antecedentes criminais por roubo, homicídio ou mesmo tráfico de drogas. Cerca de 300 gramas de maconha, uma arma de fogo e meio quilo de cocaína foram apreendidos com o bando.
“Apesar da prisão dos líderes nós continuamos a operação, dessa vez no conjunto Virgem dos Pobres, no Vergel, realizando uma saturação, até porque com a saída dos ‘cabeças’ novos traficantes podem querer assumir o comando”, explica o comandante-geral da Polícia Militar, coronel Sampaio.
Ao todo foram quatro meses de investigação até a identificação dos envolvidos. Um homem de 26 anos, de identidade não revelada, ainda continua foragido.
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