Polícia afirma que ordem para esquartejamento partiu de presídio

Déborah Moraes / Alagoas 24 Horas

SSP apresenta resultados de operação deflagrada no interior (Déborah Moraes/ Alagoas 24 Horas)

A Secretaria de Segurança Pública (SSP) apresentou, nesta quarta-feira, 4, os nomes dos mandantes do esquartejamento de Genaldo dos Santos, 46 anos, ocorrido em outubro de 2016,  no município de Girau do Ponciano. As investigações apontam que a determinação partiu dos reeducandos conhecidos como “Celebridade” e “Berinho”, dentro do sistema prisional.

Em entrevista coletiva à imprensa, o secretário de Segurança, Lima Junior, juntamente com o delegado-geral de Polícia Civil, Paulo Cerqueira, informou que os nomes dos mandantes deste crime brutal, surgiram durante a deflagração de uma operação no Agreste e Sertão, realizada na última semana de dezembro.

A cúpula da segurança afirma que a vítima (Genaldo) tinha envolvimento com a quadrilha. Ele seria o encarregado de guardar as armas usadas pelo bando, no entanto, teria desviado o armamento, o que provocou sua morte. Ainda segundo a Polícia, os líderes citados teriam ordenado o assassinato e também que os autores materiais registrassem o crime em vídeo.

Outra vítima da quadrilha estava marcada para morrer, mas a polícia conseguiu descobrir o plano dos criminosos e retirar o alvo do Estado de Alagoas.

Investigação e prisões

Segundo a SSP, a operação vinha sendo realizada durante todo o segundo semestre do ano passado e culminou com a prisão de 19 pessoas, em Arapiraca e Palmeira dos Índios.  Durante as abordagens a polícia apreendeu 6kg de drogas (maconha, crack e cocaína); dois revólveres calibre 38 e duas pistolas: 45 e 765.

Participaram da operação equipes da Divisão Especial de Investigações e Capturas (Deic); 3º Batalhão da Polícia Militar; Delegacia Regional de Arapiraca; Delegacia Regional de Palmeira dos Índios e 10º Batalhão da Policia Militar.

Os membros desse bando estão ligados a uma série de crimes, no interior do Estado. Desde o início das investigações já foram presas 32 pessoas, no entanto, 19 permanecem presas.

A SSP afirma que a operação continua e há outros mandados de prisão para serem cumpridos.

Em Maceió

Na Coletiva, a SSP apresentou também seis acusados de envolvimento com tráfico de entorpecentes e homicídios na capital.  A operação deflagrada há pouco mais de 30 dias continua e conta com os trabalhos do Grupo Estadual de Combate às Organizações Criminosas (Gecoc) e da Deic.