Venezuela aumenta salário mínimo em 50% para “combater inflação”

É o quinto aumento no espaço de um ano, que o Presidente Maduro argumenta que irá ajudar a proteger os funcionários públicos, pensionistas e forças armadas e que os críticos dizem que pode piorar a crise financeira, económica e social que o país atravessa

Juan Barreto/Expresso1

O governo venezuelano anunciou no domingo um aumento de 50% do ordenado mínimo nacional e das pensões como forma de combater a crescente inflação no país, naquele que é o quinto aumento do salário mínimo no espaço de um ano.

Ontem, Nicolás Maduro anunciou que o salário mensal mínimo vai subir para 40 mil bolívares (cerca de 57 euros) à mais alta taxa de câmbio oficial — o correspondente a cerca de 11 euros no mercado negro, aponta a BBC. O Presidente diz que o novo aumento vai proteger o emprego, em particular os funcionários públicos, os pensionistas e os membros das Forças Armadas. “Em tempos de guerra económica e de ataques da máfia, temos de proteger o emprego e os salários dos trabalhadores”, declarou no seu programa semanal de rádio e televisão.

A oposição argumenta que o passo pode vir a agravar a crise financeira, económica e social que o país enfrenta, por causa das consistentes quedas do preço de petróleo nos mercados mundiais e do que os críticos dizem ser a má gestão de Maduro face a essas sucessivas baixas de preço. O Presidente diz estar a ser vítima de uma guerra económica liderada pelos seus inimigos políticos e empresários hostis às suas políticas de esquerda.

De acordo com previsões do Fundo Monetário Internacional, a inflação da economia venezuelana vai atingir os 1600% este ano. É a mais alta taxa de inflação do mundo e já levou à queda estrondosa do valor do bolívar. Na sequência do impacto da queda do petróleo, o principal produto exportado pela Venezuela, o país tem assistido a grave escassez de comida, medicamentos e outros bens de primeira necessidade.

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