Após denúncias de falta de manutenção – com problemas de iluminação e buracos no gramado -, o Maracanã agora virou alvo de furtos. Na noite da última segunda-feira (9) o estádio teve equipamentos, como extintores, mangueiras, televisores e um busto de bronze em homenagem ao jornalista Mário Filho, que dá nome ao estádio, roubados, segundo denúncia recebida na manhã desta terça, 10, pela Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (Ferj).
O descaso com o principal estádio brasileiro levou a entidade que administra o futebol fluminense, além de registrar um Boletim de Ocorrência, feito na 18ª DP, a pedir socorro ao governo estadual, chefiado pelo peemedebista Luiz Fernando Pezão.
“Se não houver intervenção imediata do governo para impedir os saques e a destruição do Maracanã, talvez de nada adiante a nossa reunião do dia 17”, alertou Rubens Lopes, presidente da Ferj.
A Ferj convocou os presidentes dos clubes para uma reunião no próximo dia 17 com intuito de encontrar uma solução para o caso do Maracanã, abandonado em meio à crise do estado do Rio de Janeiro e a uma briga entre o Comitê Rio 2016 e a Concessionária Maracanã S.A., controlada pelas empreiteiras Odebrecht (95%) e AEG.
A concessionária alega que não voltará a administrar o estádio enquanto o Comitê Rio 2016 não fizer os reparos em áreas prejudicadas durante os Jogos Olímpicos e Paralímpicos – a cobertura teria urgência de reformas, por exemplo. O comitê, por sua vez, tem dívidas milionárias com seus credores, enquanto o Estado não quer arcar com os custos das obras.