Jornal britânico aponta Bolsonaro como incentivador do neonazismo

Publicação diz que democracia de raças no Brasil é um mito e revela o crescimento de movimentos ultranacionalistas e neonazistas

Reprodução/FacebookBolsonaro

Bolsonaro

O jornal britânico Financial Times divulgou uma reportagem sobre o que eles chamaram de “mito da democracia de raças no Brasil”. A publicação da última terça-feira (10) aponta o deputado federal Jair Bolsonaro como um dos incentivadores de grupos ultranacionais e neonazistas no país.

A matéria traz uma entrevista com o delegado Paulo César Jardim, que ordenou em dezembro do ano passado buscas por supostos membros de grupos neonazistas em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. A polícia procurou por possíveis integrantes brasileiros de um grupo extremista de direita da Ucrânia.

“A revelação de que movimentos ultranacionalistas brasileiros estão buscando experiência de combate no exterior é um fenômemo preocupante que chocou o país, que se considera um caldeirão de mistura racial. A ascensão de grupos neonazistas desafia o mito popular de que o racismo não existe no Brasil, pelo menos não na proporção observada em países como os Estados Unidos”, diz o texto.

O Financial Times menciona a invasão do Congresso por um grupo de extrema direita com bandeiras do Brasil, pedindo a volta da ditadura militar no país.

A reportagem cita Bolsonaro como um dos congressistas “ultraconservadores e seus entusiastas”, que “vêm preenchendo o vácuo deixado após o impeachment de Dilma Rousseff”. Segundo o texto, o deputado “nega ser neonazista, mas os críticos o acusam de compartilhar muitos pontos de vista do movimento, como racismo e intolerância”.

Sobre o crescente movimento neonazista no país, o delegado entrevistado afirma não se tratar de criminosos comuns, pois “eles têm uma ideologia. São pessoas que acreditam na limpeza étnica, em pureza racial”, explica.

Jardim relembra do ataque de extremistas armados com facas a um grupo de judeus que comemorava o 60º aniversário do fim do Holocausto, em 2005, em Porto Alegre. Além dos diversos casos recentes de ataques a homossexuais na Avenida Paulista, em São Paulo.

Fonte: Notícias ao Minuto

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