Milhares de manifestantes contrários e favoráveis ao presidente-eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, devem ocupar as ruas da capital americana para acompanhar a cerimônia de posse, no próximo dia 20 de janeiro, e diversas atividades relacionadas ao longo da semana.
Além dos desafios normalmente enfrentados em um evento dessa magnitude, com público estimado em 1 milhão de pessoas e presença de autoridades de vários países, as diversas agências responsáveis pela segurança na cerimônia se preparam para um número recorde de manifestações.
Segundo o Serviço Nacional de Parques, agência federal responsável por conceder permissão oficial para a realização de protestos na capital americana Washington, o número de pedidos, que costumava ser de meia dúzia em posses anteriores, já chega a 30 neste ano.
Os manifestantes que planejam manifestações em Washington têm agendas diversas. No caso dos que defendem o relaxamento das restrições à maconha, o objetivo é chamar a atenção para o poder de Trump de legalizar completamente a erva.
Para isso, eles pretendem distribuir 4,2 mil baseados para serem acesos aos 4 minutos e 20 segundos do discurso de posse (o número 420 é um código que se refere ao consumo de maconha).
O uso recreativo de maconha já é legal em oito Estados e no Distrito de Colúmbia (onde fica a capital, Washington). Em 28 Estados é permitido o uso medicinal.
Mas apesar dessas leis estaduais, a maconha continua proibida pela lei federal e está enquadrada na categoria reservada às drogas mais pesadas, como a heroína. Ainda não está claro como o governo Trump vai se posicionar sobre a questão.
“Nós acreditamos que Trump pode fazer o que Obama fracassou em fazer: legalizar totalmente a maconha”, dizem os organizadores da manifestação, Adam Eidinger e Nikolas Schiller.
“Trump pode ser o presidente que vai criar empregos, gerar impostos e consertar o sistema de Justiça criminal por meio da legalização total”, afirmam.