Os advogados de Milton Omena Neto, de 23 anos, acusado de assassinar o avô a facadas na tarde de ontem (27), alegam que o jovem agiu em legítima defesa e tentarão na Justiça que ele responda pelo crime em liberdade.
De acordo com o advogado Ronald Pinheiro, seu cliente só teria ido ao condomínio em Paripueira para buscar respostas de seu avô, Milton Omena, sobre a morte da mãe, Márcia Rodrigues, ocorrida no dia 14 de agosto do ano passado.
“Não foi uma execução e sim uma luta pela vida. Diante da demora do Estado em esclarecer os motivos da morte de Márcia, Milton Neto foi à casa do avô para buscar respostas sobre a morte da mãe. Ele encontrou o avô fora de casa, que ao ser questionado se dirigiu à cozinha, pegou uma faca de cortar carne. Eles entraram em luta corporal e Milton Neto foi lesionado no braço. Ele conseguiu mobilizar o avô com um ‘mata leão’, mas Milton Omena ainda tentou esfaquear o neto. Milton Omena chegou a ser colocado no chão e mesmo assim fez menção de que iria esfaquear o neto. Neste momento, Milton Neto conseguiu inverter a posição e feriu o avô no peito”, contou o advogado.
Pinheiro contou ainda que após o caso, Milton Neto tentou reanimar o avô e estancar o sangue. Ele também acionou o Samu e chegou a gritar “Fogo, Fogo” para chamar a atenção dos moradores com o intuito de buscar socorro.
Milton Neto também teria sido o responsável por avisar a o Polícia Militar sobre o caso e não deixou a cena do crime até a chegada das equipes policiais.
A versão levantada pela imprensa de que Milton Omena mantinha um relacionamento amoroso com a ex-namorada do neto foi descartada pelos advogados. “Esta informação não procede”, disse o advogado.
Após depoimento à Polícia Civil, o acusado foi encaminhado à Casa de Custódia da Polícia Civil, no bairro do Jacintinho. Neste domingo, 29, ele participará de uma audiência de custódia no Fórum de Maragogi e o juiz Diogo de Mendonça Furtado será o responsável por decidir se Milton Neto irá responder pelo crime em liberdade ou em regime fechado.
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