Os últimos dias de férias, antes do início do ano letivo com os seus alunos, têm sido de muito constrangimento para a professora Kássia Luz, de 37 anos, em Campo Grande. Após iniciar um procedimento químico no cabelo, chamado de relaxamento, ela teve queda capilar e, em pouco tempo, estava careca.
“A pessoa dividiu o meu cabelo em três partes. Ela passou o produto na primeira parte e já resolveu lavar assim que terminou de passar, sendo que, em seguida comentou que já iria lavar tudo. Eu achei estranho, porque geralmente o produto demora de 30 a 50 minutos para agir, mas ninguém me falou nada o que estava acontecendo”, afirmou ao G1 a professora.
De acordo com Luz, que possui o cabelo crespo, o procedimento é feito desde que ela tem 15 anos. “Eu sempre fiz com uma pessoa e pagava R$ 150 por atendimento. Só que recentemente eu vi a propaganda deste salão, na região central. Eles ressaltam que lá não é escola, mas sim composto por profissionais, por isso eu confiei, mas não fizeram nem mecha teste comigo”, garantiu.
O fato ocorreu no dia 16 de janeiro deste ano. “Eu me lembro exatamente do que aconteceu naquele dia. A gerente e as funcionárias ficaram desesperadas e, logo depois, eles compareceram na minha casa. Foi saindo tufos e tufos, tenho foto de tudo. O que era para ser um relaxamento ficou com aspecto sapecado e inclusive com o risco de pegar fogo, porque acontece. Mas, a cabeleireira percebeu o que estava acontecendo e isso não chegou a acontecer”, contou.
Denúncias frequentes
Em sua residência, a professora recebeu uma peruca provisória, produtos para o crescimento do cabelo e a proposta de um megahair assim que o cabelo começar a crescer. De acordo com a superintendente do Órgão de Defesa do Consumidor (Procon-MS), Rosemeire Cecília da Costa, este é um caso de prestação de serviço viciada. Ela ressalta que não existe uma estatística específica, porém, o Procon recebe denúncias como esta com frequência.
“É quando o profissional, na execução do trabalho, não toma todos os cuidados e acaba provocando danos. Nesses casos, o Código de Defesa do Consumidor prevê três alternativas para o cliente ter o erro reparado. É o direito da reconstituição, da quantia paga, a reexecução do serviço também é uma outra possibilidade, indicando um profissional de sua confiança para poder reestabelecer este serviço na medida do dano causado”, explicou.
Além disso, ainda segundo a superintendente do Procon, o consumidor pode entrar com processo na Justiça e um pedido de danos morais e até danos patrimoniais. “São os possíveis gastos com dermatologista, medicação, tudo para sanar a queda do cabelo e essas medidas podem ser de ressarcimento”, comentou.
Substâncias no procedimento
A médica dermatologista Melina Quintella diz que é interessante “sempre perguntar qual o tipo de substância quimica está sendo usado no cabelo. No caso do alisamento, existem duas substâncias que não são compatíveis, que é o tiuglicato e hidroxido de sódio. A pessoa muda, de repente, de cabeleireiro e ela não sabe nem informar para o cabeleireiro que química foi usada e aí pode ter algum tipo de problema”, finalizou.
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