O empresário Eike Batista, preso desde segunda-feira no Rio sob a acusação de pagar propina ao ex-governador Sérgio Cabral (PMDB), usa há pelo menos dez anos uma espécie de prótese de silicone para encobrir a calvície.
Vaidoso, Eike teve a sua calvície exposta após a prisão, quando teve a cabeça raspada – como é praxe entre os presos – e a prótese arrancada antes de ser levado para o presídio Bandeira Stampa, conhecida como Bangu 9, no Complexo de Gericinó, na Zona Norte do Rio.
Segundo VEJA apurou, a prótese consiste em uma película de silicone sob medida, repleta de micro-furos com diâmetros do tamanho exato do fio de cabelo do paciente. Os fios são confeccionados de forma artesanal. A prótese pronta é fixada com cola biológica na cabeça – a área que vai receber a película é previamente raspada.
O método é conhecido pelo nome de “adensamento capilar”. A técnica nasceu na Itália, inventada por Cezare Ragazzi, há mais de 50 anos. É um método não-cirúrgico, não-invasivo e, por isso, considerado 100% seguro. A prótese é tão natural que não é facilmente identificada a olho nu e nem facilmente percebida ao toque.
A técnica, no entanto, exige manutenção mensal. Eike cumpria o prazo correto e era atendido em sua casa, no Rio de Janeiro. O empresário pagava todas as despesas dos profissionais que se locomoviam para atendê-lo. O paciente tem liberdade para realizar qualquer tipo de movimento, incluindo esportes aquáticos. O preço médio gira em torno de 50 mil reais.
Eike já admitiu ter feito um implante capilar em 2010, mas não foi divulgado se o processo deu algum resultado.