Endividamento permanece estável na capital alagoana

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O endividamento do maceioense manteve-se estável em janeiro. Conforme levantamento realizado pelo Instituto Fecomércio de Estudos, Pesquisa e Desenvolvimento do Estado de Alagoas (Instituto Fecomércio AL), em parceria com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), em relação à dezembro, o número de endividados reduziu 0,8%.

Entre os fatores que podem ter contribuído para esse desempenho estão as tradicionais liquidações de janeiro. “É um mês que se configura como de liquidação de estoques do ano anterior. Os descontos chamam a atenção da população e aqueles que resolveram se conter no Natal, aproveitam o momento para adquirir bens de consumo duráveis, como eletrodomésticos, eletrônicos e móveis”, analisa Felippe Rocha, assessor econômico da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (Fecomércio AL).

Na avaliação do economista, o ano começou com dois tipos de consumidores: os que utilizaram o 13º salário para reduzir seus níveis de inadimplência e endividamento, e aqueles que preferiram usá-lo para compras, complementando com crédito. Como consequência, a massa geral de endividados reduziu-se em 0,8 pontos percentuais em relação ao mês de dezembro, demonstrando que parte da população preferiu adquirir produtos à vista, evitando mais dívidas financeiras. Em comparação com janeiro de 2016, o endividamento atual é 9,9 pontos percentuais (p.p.) menor.

A pesquisa do Instituto Fecomércio sinaliza, ainda, que o número de endividados com contas em atraso reduziu 0,4 p.p. comparado a dezembro. Já em relação a janeiro de 2016, esse indicador registrou uma redução de 9 p.p. em janeiro de 2017.

“Já quando observamos aqueles que já estão inadimplentes, ou seja, que não pagam mais suas contas ou que pagam de forma parcial, arrolando juros, houve um aumento de 2,3 pontos percentuais em relação a dezembro, ressaltando que uma parte maior da população se descontrolou financeiramente”, observa Felippe.

Também houve aumento no uso do cartão de crédito, que subiu de 0,4 p.p. e, hoje, responde por 88% da modalidade de endividamento dos consumidores, seguido pelo uso de carnês de loja (7,5%) e pelo empréstimo pessoal (4%).

Sobre a dinâmica da dívida e do endividamento, a pesquisa quis saber se para o entrevistado haveria alguém a mais em sua residência que estaria com dívidas em atraso: 54,1% responderam que não. Os participantes com dívidas em atraso ou inadimplentes também foram questionados se haveria possibilidade de pagá-las.

Nesse aspecto, apenas 6,5% informaram que sim; 19,3% acreditam que pagarão parcialmente, arrolando juros e aumentando a dívida; e para 62,5% a situação continuará de inadimplência.

A média de tempo que os consumidores passam sem pagar suas dívidas é de 70,8 dias. Nesse caso, esses consumidores já se encontram com seus nomes negativados em instituições de proteção ao crédito e deverão procurar as prestadoras de crédito para renegociar em parcelas suaves, evitando o superendividamento.

No que tange ao comprometimento da renda, 58,9% estão com o orçamento comprometido entre 11% a 50% com dívidas. Na média, o compromisso reduziu para 29,2% (redução de 0,8 pontos percentuais) em comparação ao mês anterior (30%).

“Nível que começa a preocupar, já que é o limite máximo aceitável que garante uma relação dívida/renda permissível, ou seja, aquela em que permite pagar as contas e as atividades diárias, sem passar necessidade”, finaliza.

Fonte: Fecomércio

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