A juíza Adriana Carla Feitosa Martins, da Comarca de Paripueira, concedeu liberdade provisória para Milton Omena de Farias Neto, de 23 anos, no final da manhã desta quinta-feira (09). Milton é acusado de ter matado o avô a golpes de faca no dia 27 de janeiro, em Paripueira.
Milton Neto estava preso na Casa de Custódia, no Jacintinho desde o dia do crime. Ele confessou ter matado o avô e alegou legítima defesa.
A defesa de Milton Neto é feita pelos advogados Leonardo de Morais e Ronald Pinheiro. De acordo com o advogado Ronald Pinheiro, o fato do jovem não ter antecedentes criminais foi crucial para que ele tivesse liberdade. “Ingressamos com o pedido de liberdade e a juíza resolveu concedê-lo hoje mediante ao cumprimento de algumas medidas cautelares. A defesa vê a decisão com bons olhos e a partir de agora iremos auxiliá-lo no processo que terá que enfrentar”, disse o advogado.
Como medidas cautelares, o jovem teve que depositar em juízo seu passaporte, terá que comparecer mensalmente à Justiça e deverá ficar em recolhimento domiciliar das 22h às 6h. Em liberdade, Milton Neto irá cursar Ciências da Computação e continuará trabalhando no ramo da tecnologia.
Família sai em defesa do neto
A avó de Milton Neto, identificada como Maria do Carmo Rodrigues de Souza, foi a público no dia 31 de janeiro para defender o neto em coletiva de imprensa. Ela revelou que o ex-esposo era um homem “agressivo, possessivo, incontrolável e psicopata”. Maria do Carmo disse ainda ter sido atingida por um disparo de arma de fogo disparado por Milton Omena, aos 19 anos, logo quando eles iniciaram o relacionamento. O motivo era ciúme do esposo.
A defesa do neto de Milton Omena alega também que a morte do avô foi uma “fatalidade” e que, durante o encontro entre os dois ocorrido em Paripueira, o jovem teria tentado se defender de uma agressão praticada pelo avô.
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