O trabalho de um pesquisador da Ufal foi selecionado num edital do Conselho Britânico para financiar pesquisas sobre o Zika vírus. O professor Baldoíno Fonseca, doutor em informática do Instituto de Computação (IC) irá desenvolver seu trabalho em parceria com o pesquisador Alexander Romanovsky, ligado à Universidade de Newcastle, no Reino Unido.
A colaboração também vai contar com pesquisadores da Universidade Federal de Pernambuco, da Fundação Oswaldo Cruz e da Pontifícia Universidade Católica, no Rio Janeiro. A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Alagoas (Fapeal) destinou R$215 mil para cooperação de pesquisa entre Alagoas e o Reino Unido.
O recurso é a contrapartida do Governo de Alagoas à chamada que lançou até 100 mil libras para estudos sobre a doença, por meio do Newton Fund, uma iniciativa do governo britânico que destina recursos para pesquisa, ciência e tecnologia em países parceiros.
Isto significa que o investimento total no projeto aprovado vai ultrapassar os R$400 mil, em 36 meses.
Além de Alagoas, outros quatro estados brasileiros emplacaram suas propostas: Pernambuco, Paraíba, Rio de Janeiro e Distrito Federal. O resultado nacional foi divulgado pelo Conselho Britânico e pode ser acessado aqui.
Sobre o estudo
O título da pesquisa é Combinando gamificação e redes sociais para melhorar a prevenção e controle do Zika. Além de entrevistas com as comunidades locais, a ideia lança mão das informações postadas por essas pessoas em aplicativos e redes sociais sobre focos de vírus, suspeitas da doença e casos confirmados.
Aliando a participação comunitária à tecnologia, o projeto também visa desenvolver recursos voltados à inteligência de dados, como softwares, mapas-online e algoritmos.
Tudo isso é num esforço de mapear a incidência do Zika vírus, identificar seus padrões de incidência e analisar a previsibilidade dos focos.
“Nosso objetivo é o de prever locais e atuar com antecedência”, declara Baldoíno Fonseca. “A colaboração com o Reino Unido é importante por causa do know-how que os pesquisadores de lá já têm”, comenta o pesquisador, referindo-se aos aspectos técnicos da iniciativa.