O suspeito de cometer um triplo homicídio na zona rural de Cunhã Porã, no Oeste Catarinense, afirmou à Polícia Civil que não se lembra do momento em que esfaqueou as vítimas, três irmãs com idades entre 12 e 23 anos. Segundo o delegado Joel Specht, ele contou em depoimento que cometeu o crime após ter sido impedido de ter acesso à filha de dois meses que teve com uma das vítimas. O delegado disse ainda que o depoimento de Jackson Lahr, de 24 anos, foi contraditório. As informações são do portal G1.
O crime aconteceu por volta das 21h30min, na Linha Sabiazinho, no interior de Cunhã Porã. As vítimas foram identificadas como Julyane Horbach (23), Rafaela Horbach (15) e Fabiana Horbach (12). Elas estavam dentro de casa, que foi invadida pelo suspeito. Lahr tinha uma filha com Rafaela, a irmã do meio.
Além das irmãs mortas, o esposo de Julyane, identificado como Gilvane Meyer, de 25 anos, também foi ferido. Ele foi levado para o Hospital Regional de São Miguel do Oeste, onde está internado.
Pai das vítimas, Neuri Horbach se disse chocado com o crime e pediu justiça.
— Eram filhas muito queridas. Cada fim de semana estavam juntas, sempre. Hoje elas iam estar lá em casa, juntas, reunidas, e estão ali agora, para sempre. O que aconteceu não podia ter acontecido. A gente espera que ele pague pelo o que fez. Queremos Justiça — afirmou à RBSTV.
Jackson tem passagens pela polícia e foi encontrado pela Polícia Civil por volta de 1h15min fora da cidade. Segundo informações iniciais, ele teria deixado o local do crime e seguido até um hospital próximo. Como estava bastante ferido, acabou transferido para outra unidade médica, o hospital municipal de Cunhataí. Durante a madrugada o suspeito foi encaminhado para delegacia em São Carlos.
O boletim de ocorrência registrado pela PM da cidade indica que o crime teve motivação passional, causado por ciúmes. O caso deve ser enquadrado como feminicídio. A criança de dois meses, filha do suspeito e uma das vítimas, está sob os cuidados do Conselho Tutelar.
A reportagem do DC apurou que Jackson indicou o nome de um advogado para defendê-lo, mas o profissional estava em viagem, no litoral do Estado, segundo o delegado Joel, e não pôde acompanhar o interrogatório.
Crime semelhante no início do ano
No dia 23 de janeiro de 2017, outro triplo homicídio passional foi registrado em Barra Bonita, também no Oeste catarinense. Segundo informações da Polícia Militar (PM), um homem de 59 anos teria matado a ex-namorada, a sobrinha dela e um terceiro jovem. Ele foi preso em flagrante e a investigação ainda está em andamento na cidade.
Relembre o caso
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