Alagoas foi um dos primeiros estados do país a implementar o sistema biométrico em todas as suas secções eleitorais. O processo de cadastramento biométrico dos eleitores brasileiros teve início em 2008 e acontece de forma gradativa no país. A meta é chegar aos 100% em todo o país até 2022. O custo dessa tecnologia é de R$ 2 por eleitor.
O sistema já permitiu uma constatação à justiça eleitoral no Estado. Em Alagoas, foram detectados mais de dois mil documentos duplicados entre as eleições de 2014 e 2016. O Estado é campeão em fraudes, seguido de São Paulo e Goiás. Os dados foram divulgados pela CBN com base em balanço feito pelos cartórios eleitorais e ratificados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Segundo informações fornecidas pelo TSE, os títulos foram cancelados e os dados enviados ao Ministério Público para serem investigados. O presidente do TSE, Gilmar Mendes, diz que a ideia é expandir o uso da biometria para verificar irregularidades não apenas no processo eleitoral. As informações foram confirmadas assessoria do Tribunal Regional Eleitoral em Alagoas.
A ideia é compartilhar o banco de dados do TSE, para que a biometria seja usada na identificação de irregularidades no INSS e no Bolsa Família, por exemplo. Quatro unidades da federação já cadastraram a digital de todos os eleitores: Brasília, Alagoas, Amapá e Sergipe.