Juizado da Violência Doméstica de Arapiraca promove homenagem ao Dia da Mulher

Uma das usuárias do “botão do pânico” no município destacou a importância do apoio do Poder Público na garantia da segurança das vítimas

Na oportunidade, as jurisdicionadas foram orientadas sobre seus direitos

Dicom / TJ-ALNa oportunidade, as jurisdicionadas foram orientadas sobre seus direitos

Na oportunidade, as jurisdicionadas foram orientadas sobre seus direitos

O Juizado da Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher de Arapiraca realizou, nesta quarta-feira (8), uma homenagem ao Dia Internacional da Mulher com palestras de conscientização e um café da manhã para cerca de 15 das jurisdicionadas atendidas na unidade. O Juizado é conduzido pela juíza Isabelle Sampaio.

A escrivã Valkíria Ferreira destacou o objetivo da terceira edição do evento. “A nossa missão é minimizar o preconceito e valorizar o papel da mulher na sociedade. Muitas vezes elas estão desgastadas por tanto haver violência e não ter uma efetivação do Estado nesse combate”, disse.

Já a psicóloga Dayanne Silva explicou como funciona o trabalho da equipe multidisciplinar do Juizado. “Nós trabalhamos com a ajuda de assistente social, advogado, psicóloga, fazendo um acompanhamento dos casos e incentivando o empoderamento feminino”, disse.

Durante a ação, as mulheres também puderam fazer alguns exames simples como testes de glicemia e aferição da pressão, graças à parceria entre o Juizado e uma escola técnica de enfermagem de Arapiraca.

Botão do Pânico

Entre as participantes do evento de hoje estava uma mulher que sofreu agressões e ameaças de morte do ex-companheiro. Ela foi uma das vítimas que ganharam o direito de utilizar o “botão do pânico”, dispositivo que vibra automaticamente quando o agressor se aproxima e aciona viaturas da Polícia Militar para o local.

“Nós sempre ficamos muito apreensivas para sair na rua, mesmo com o ‘botão do pânico’. Mas, sem dúvida, é uma segurança muito maior que nós temos, é uma sensação de que tem alguém para ajudar”, desabafou.

Ela também falou sobre a coragem que a mulher precisa ter para enfrentar a situação e procurar garantir sua segurança por meio do Estado. “Não é fácil, primeiro precisamos enxergar o que está acontecendo e depois querer sair disso. Então realmente é ter muita força, coragem e procurar os meios cabíveis para ter a segurança que ela precisa”, disse.

Centro de Referência de Apoio à Mulher

No município de Arapiraca, as mulheres contam ainda com o Centro de Referência de Apoio à Mulher em Situação de Violência. A superintendente de Políticas Públicas para Mulheres, Valéria Montoni, explicou que a população pode fazer denúncias ligando para o número 180 ou procurando o centro localizado na rua São José, nº 95, no bairro Alto do Cruzeiro.

“Nós temos uma equipe composta por psicólogos, assistentes sociais, advogados e atuamos fortalecendo a mulher, elevando sua autoestima, fazendo com que ela pondere para sair dessa situação de violência e fazer os devidos encaminhamentos”, informou.

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