A educação e a capacitação profissional possuem papéis fundamentais na reintegração social dos custodiados. Pensando nisso, a Secretaria da Ressocialização e Inclusão Social (Seris) investe cada vez mais no nessas atividades. Nos dias 22 e 23 de março, os reeducandos que trabalham na horta do sistema prisional participaram do curso de olericultura básica.
A capacitação foi viabilizada pela gerência de Educação, Produção e Laborterapia (GEPL) da Seris. Ao todo, 25 custodiados participaram das aulas e estão potencializando a produção de hortaliças com a utilização de técnicas básicas. Os alimentos produzidos na horta são destinadas para o consumo nas unidades. Diariamente, 15 mil refeições são servidas nos presídios.
A gerente de Educação, Produção e Laborterapia, Andréa Rodrigues, afirmou que a capacitação possui finalidade educativa e produtiva. “As atividades laborais são apontadas como ferramentas de combate a ociosidade carcerária, com o propósito de resgatar a responsabilidade, elevar a autoestima e a dignidade dos reeducandos. Fomentamos ações com foco na disciplina, responsabilidade e crença em sua recuperação”, destacou Rodrigues.
O reeducando Wellingthon Carvalho da Silva, 41 anos, trabalha na horta do sistema há dois anos. Para ele, os benefícios do trabalho são inúmeros. “Quando trabalho, sinto como se estivesse descansando a minha mente, não me sinto preso. Aqui aprendi a plantar batata, macaxeira, melancia, além de participar dos cursos. O trabalho ajuda a esquecer um pouco da saudade da família e também a pensar no futuro que terei com a liberdade”, afirmou.
Produção
Atualmente, trabalham na horta 27 reeducandos que cumprem pena no regime fechado. Pelo trabalho, os custodiados recebem um salário mínimo vigente, além da remição de pena. A cada três dias trabalhados, um dia de pena é remido. Até o dia 17 de março, mais de três toneladas de alimentos já haviam sido colhidos no sistema prisional. Batata, macaxeira, pepino, pimentão, berinjela, couve, coentro e melão foram alguns dos alimentos cultivados.