Apesar de nota emitida ontem (28) pela Secretaria de Estado de Saúde de que não há razão para pânico sobre a febre amarela em Alagoas, outros seis casos de mortes de primatas já foram confirmados, cinco deles na cidade de Inhapi.
Ainda ontem, depois de a Secretaria admitir ter sido detectado o vírus da febre amarela em um primata encontrado morto em setembro do ano passado no Tabuleiro do Martins, outro macaco foi encontrado morto, desta vez em Ipioca. O animal foi recolhido por uma equipe do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) de Maceió. Não é possível apontar a causa da morte do animal achado ontem em Ipioca até a divulgação dos laudos e testes laboratoriais.
O mesmo acontece com outros cinco saguis encontrados mortos em Inhapi, sertão de Alagoas.
O Coordenador de Endemias de Inhapi, Acildo Gama, confirmou que no dia 17 do corrente mês foi procurado por um morador rural que relatou a morte de quatro saguis em sua propriedade. Uma equipe se dirigiu até o local a considerou inviável uma investigação mais profunda sobre a morte dos animais que pareciam estar mortos há cerca da 60 dias.
Os agentes de saúde foram orientados a ficar atentado a novos casos. No dia seguinte à visita da esquipe um sagui apareceu na mesma propriedade com olhos vermelhos e arrepiado e 24 horas depois foi achado morto, mas o animal havia sido parcialmente devorado por urubus, ficando intacta somente a cabeça. Novamente, o animal não foi submetido a testes, e acabou enterrado.
Apenas o caso do primata encontrado no Tabuleiro tem confirmação da presença do vírus. Vale lembrar que macacos não transmitem febre amarela para seres humanos, que são contagiados somente através da fêmea infectada do mosquito Haemagogus.