O governador de Alagoas, Renan Filho (PMDB), fez breve avaliação sobre o resultado da pesquisa divulgada ontem (31) pelo Ibope que aponta o presidente Michel Temer, mesmo partido de Renan Filho, como o presidente menos bem avaliado da história republicana do Brasil. Apenas 10% dos entrevistados disseram aprovar o governo Temer.
Para Renan Filho a proposta das Reformas da Presidência e do Trabalho, além do elevado índice de desemprego, afetam a aprovação do presidente. A declaração foi dada na manhã deste sábado, dia 1º, em conversa com a imprensa, durante a inauguração da escadaria de uma grota no Canaã. A obra está sendo entregue três meses antes do prazo estabelecido. Segundo Renan outras 16 grotas passam por reformas do Programa Pequenas Obras Grandes Mudanças e até o final do ano o número deve chegar a 40.
Na ocasião, o governador fez uma breve avaliação do governo Temer dizendo ser um “governo com dificuldade.” Renan Filho disse ainda que as reformas (em referência a reforma da Previdência e Trabalhista) estão ‘sem a calibragem ideal’. Para Renan Filho do jeito como são apresentadas as reformas deverão penalizar os mais pobres. “Quer colocar a conta para trabalhadores rurais, nordestinos e mulheres que são os que mais precisam.”
Calheiros falou ainda sobre a terceirização, sancionada por Temer ontem à noite com vetos. “Terceirização sou a favor, mas não pode terceirizar tudo. Isso fortalece o empregador e essa relação sempre explode no empregado, que é mais fraco. O momento é difícil e de dura crise, mas reformas e desemprego afetam aprovação do presidente”.
O site da Agência Brasil, site oficial do governo federal, confirmou em matéria divulgada na noite de ontem que o desemprego no país já atinge 13,5 milhões de brasileiros, número mais alto em 4,5 milhões, em comparação ao período de afastamento da ex-presidente Dilma Rousseff (PT).
As declarações foram dadas dois dias depois de o senador Renan Calheiros (PMDB) se pronunciar por meio das redes sociais para atacar medidas anunciadas pelo presidente Michel Temer.
Febre amarela
O governador também comentou a informação desencontrada da Secretaria de Saúde, que no início da semana confirmou a presença do vírus da febre amarela em um primata encontrado morto no Tabuleiro, em setembro do ano passado e depois convocou coletiva negando a presença do vírus, relatando que de três testes dois apontaram negativo e que a contraprova pedida pelo governo também não apontou a presença do vírus no primata não humano. “Tínhamos uma suspeita de macaco morto com febre amarela. Não temos indicativo nenhum de que tem casos de febre amarela aqui (em Alagoas). Peço cautela, inclusive da imprensa, na divulgação dos fatos relacionados ao assunto”, concluiu o chefe do executivo estadual.
Acidente com ônibus escolares
Renan Filho também afirmou que irá conversar com a Associação dos Municípios de Alagoas (AMA) para emitir uma circular para todos os prefeitos do interior, para verificar a questão dos ônibus. Renan lembrou que em sua primeira manifestação nas redes sociais lamentou o fato, mas ressaltou que seriam acompanhadas as causas do acidente. “Não basta cuidar dos efeitos e sim das causas.” O governador fez questão de ressaltar que mesmo com um acidente da magnitude como o do sinistro em evidência, a Unidade de Emergência do Agreste desempenhou seu papel com qualidade. “Um acidente de proporções gigantescas, com mais de 50 feridos e a maioria já teve alta médica. Quero fazer uma referência à estrutura do Estado que funcionou,” finalizou o governador.