Eles chegaram nos Estados Unidos como finalistas e saíram como grandes vencedores do Desafio Água, concurso de projetos para combate à seca no semiárido brasileiro. Guilherme Damasceno e Maryllya Fonseca, estudantes de Gestão Ambiental no Ifal (Instituto Federal de Alagoas) em Marechal Deodoro, se preparam agora para receber os 10 mil dólares da premiação e...
Assessoria/IFAL
Estudantes vencem concurso nos EUA
Eles chegaram nos Estados Unidos como finalistas e saíram como grandes vencedores do Desafio Água, concurso de projetos para combate à seca no semiárido brasileiro. Guilherme Damasceno e Maryllya Fonseca, estudantes de Gestão Ambiental no Ifal (Instituto Federal de Alagoas) em Marechal Deodoro, se preparam agora para receber os 10 mil dólares da premiação e concretizar o Palmas pra Vida em Major Izidoro.
O resultado foi anunciado no último sábado (1º), na Universidade da Pensilvânia, na cidade de Filadélfia. “Antes de receber o dinheiro, vamos passar por mentorias para fazer o planejamento da implantação. Após essa fase, já com todos os orçamentos prontos, é que vamos receber a premiação, conforme o andamento do projeto. Mas acreditamos que ainda este ano começamos a implantá-lo”, explicou Maryllya Fonseca.
O projeto Palmas pra Vida chegará em boa hora em Major Izidoro, onde o governo decretou estado de emergência por causa da forte seca que atinge a região. “Meu pai é agricultor e perdeu safras de milho e de palma por causa da seca. Vimos no concurso uma ótima oportunidade de usar o nosso conhecimento para mudar essa realidade”, diz a aluna.
Reprodução/IFALProjeto de combate à seca
O Desafio Água é promovido pela Ambev, em parceria com a Brasa, maior associação de alunos do Brasil no exterior. De acordo com a organização, mais de cem brasileiros que estudam na China, nos Estados Unidos, na Inglaterra, na Alemanha e em Portugal participaram da seleção.
Guilherme e Maryllya se inscreveram quando ainda estavam no intercâmbio em Portugal, junto com os amigos Emanoella Rodrigues e Higor Cerqueira, estudantes da UFRB (Universidade Federal do Recôncavo Baiano) e do IFRJ (Instituto Federal do Rio de Janeiro), respectivamente. Os quatro se conheceram no Instituto Politécnico de Bragança, que mantém parceria com instituições públicas de ensino do Brasil, incluindo o Ifal.
Juntos, eles criaram o Palmas pra Vida, que propõe o reaproveitamento de águas cinzas derivadas de uma escola municipal de Major Izidoro, terra natal da aluna Maryllya. A ideia é destinar as águas para a irrigação de palmas, plantas que alimentam o gado leiteiro da cidade que é uma das maiores produtoras da bacia leiteira de Alagoas. O projeto visa beneficiar tanto os pequenos agricultores quanto a comunidade escolar, que receberá educação ambiental e parte do leite produzido.