Há pouco mais de um mês, a Rede Acolhe, serviço do Governo de Alagoas para recuperação gratuita de pessoas com dependência química, ganhou uma força extra com a chegada dos Agentes da Paz. Eles estão auxiliando no processo de identificação de todos os dependentes químicos que foram recuperados por uma das 37 comunidades acolhedoras e permanecem longe dos cenários de uso de drogas.
Já foram mais de 2 mil dependentes químicos identificados neste primeiro momento do novo projeto. A partir de agora, eles serão capacitados, de acordo com cada necessidade individual, para serem reinseridos no mercado de trabalho.
De acordo com o coordenador-geral do programa de Reinserção Social, Márcio Santos, neste primeiro momento já foram garantidas 150 vagas em cursos e capacitações para os dependentes químicos. “Com isso vamos garantir a total reinserção social destas pessoas que, em sua grande maioria, se afastaram do mercado de trabalho pelo envolvimento com as drogas”, enfatizou.
O programa leva como embasamento a Lei 7.865/2017 de autoria do deputado estadual Carimbão Júnior e sancionada pelo governador Renan Filho, no início deste ano. Segundo a lei, órgãos da administração estadual direta ou indireta devem estabelecer, em contratos com entidades privadas, um percentual mínimo de vagas de trabalho para dependentes químicos recuperados.
Para a titular da Seprev, Esvalda Bittencourt, este novo projeto denominado Agentes da Paz vem para dar continuidade ao ciclo de recuperação dos dependentes químicos. “Eles se juntam aos já reconhecidos Anjos da Paz para contribuir com a busca incessante de combater o uso abuso de álcool e outras drogas em Alagoas”, destacou.
O assunto foi tema de um encontro regional, realizado na noite da segunda-feira (3), em Girau do Ponciano, que reuniu mais de 100 dependentes químicos recuperados. Este foi o terceiro encontro que teve como foco a apresentação do programa de reinserção social e produtiva.