Se o time é jovem, se muitos jogadores nunca haviam pisado no Maracanã, nada disso fez diferença em campo. O Fluminense voltou a uma competição internacional com a mesma maturidade que vem exibindo ao longo de 2017. O resultado foi mais uma atuação convincente e segura e uma vitória por 2 a 0 sobre o Liverpool, do Uruguai, que deixou a classificação bem encaminhada na Sul-americana.
— Fazer a lição de casa e não levar gol é importante — disse Henrique Dourado, autor do primeiro gol.
O duelo de volta será apenas em 10 de maio. Mas se os uruguaios têm a vantagem de decidir a vaga em casa, os tricolores possuem outra bem maior. Podem perder por até um gol de diferença que se classificam para a segunda fase. Agora, voltam suas atenções para a semifinal da Taça Rio, domingo, contra o Botafogo. No Clássico Vovô, que pouco vale para o time, o técnico Abel Braga pode dar descanso aos titulares e lançar os reservas.
E se o time fez sua parte ontem à noite, a torcida não ficou para trás. Quase 40 mil receberam a equipe com um mosaico que mais parecia um recado aos jogadores do que significa representar o Fluminense no Maracanã, onde o Tricolor não atuava desde novembro: “Força, Glória e Tradição”. E também fez sua parte: cantou, gritou, festejou e apoiou até o fim, esbanjando um fôlego muitas vezes maior que o dos atletas.
Os jogadores entenderam o recado. Superiores em campo, dominaram o jogo e praticamente não deram chances ao adversário. Diante de tamanha facilidade, a vitória foi construída ainda no primeiro tempo, com gols de Henrique Dourado, aos 23m; e Richarlison, aos 39m. Brilhos de um experiente e de uma promessa. A mescla que tem feito o Fluminense ir longe nos campos do Brasil.