Venda de peixe no Jacintinho
A procura por peixes para o tradicional almoço da Sexta-feira da Paixão, celebrada amanhã, 14, ainda é grande em um dos locais mais conhecidos pela venda do pescado, principal alimento de cristãos no período, em substituição a carne vermelha. Na principal avenida do bairro do Jacintinho a procura era intensa no final desta quinta-feira, 13, mas mesmo assim os comerciantes sentiram uma baixa nas vendas.
Trânsito no bairro do Jacintinho desde as primeiras horas da manhça
O reflexo pela procura dos alimentos era sentida pelas longas filas de automóveis ao longo da via que obrigaram motoristas a esperarem quase uma hora para cruzá-la de uma ponta a outra. “Eu estou preso aqui há 45 minutos e ainda não tenho previsão de sair, pois o trânsito esta horrível, mas é a garantia do almoço, então dá para esperar”, destacou o motorista identificado apenas como Kleber.
No local era possível encontrar o quilo da Pescada, Guaraçu e Tainha por R$ 10 e Tilapia por R$ 11. Além de bredo que tinha preços que variavam de R$ 2 a R$ 5 e o coco ralado na hora por R$ 2.
Deronaldo Cavalcante comercializando pescada, Guaraçu e Tainha
Deronaldo Cavalcante, que começou a expor os peixes para vender às quatro horas da manhã, disse que o movimento foi menor que do ano passado, quando chegou a vender 600 quilos da mercadoria em um único dia. “Esse ano está fraco, mas ainda consegui vender 300 quilos e espero que amanhã o movimento melhore e eu consiga vender mais uns 200 [quilos]”, destacou.
A variedade de mercadorias é um dos fatores que agrada os consumidores que fazem questão de comprar os itens para a Semana Santa na Região. É o caso da dona de casa Consuelo Ferreira, “Todos os anos venho do Farol para comprar aqui no Jacintinho, por dois motivos, primeiro pela variedade de peixes frescos e o segundo, pelo preço justo. O problema é apenas o trânsito, mas aqui é muito bom”, destacou.
Para a vendedora de bredo, Girlene dos Santos, a queda do momento é reflexo da crise econômica que atinge a grande maioria da população e a “queda da tradição cristã que está sendo esquecida pelas pessoas”, falou.
Entre os vendedores há ainda aqueles que vêm de outros estados para comercializar em um dos bairros mais populosos da grande Maceió, como o senhor Vando Caetano, da cidade de Bom Conselho, em Pernambuco. “Passamos a semana inteira pescando em Paulo Afonso, na Bahia, só para vir hoje vender. Estamos aqui desde às 3h e voltaremos para casa com nada, graças a Deus”, assegurou.
Crédito: Railton Teixeira/Alagoas24hroas
Crédito: Railton Teixeira/Alagoas24horas
Crédito: Railton Teixeira/Alagoas24horas
Para quem ainda não garantiu o almoço do feriadão, as vendas dos itens continuam amanhã, sexta-feira, 14, desde o início da manhã.
