A Coreia do Norte tentou sem sucesso lançar um novo míssil, informou na manhã deste domingo (16 de abril, horário local) o Ministério da Defesa da Coreia do Sul. A operação coincidiu com um grande desfile militar organizado por Pyongyang, em meio ao aumento das tensões envolvendo o programa nuclear norte-coreano.
O fracasso acontece em um momento em que a tensão entre Washington e Pyongyang atinge seu auge. Donald Trump chegou a prometer na última quinta-feira que o “problema” norte-coreano será “tratado”.
A operação frustrada coincide com o grande desfile militar do “Dia do Sol”, no qual Pyongyang celebrou o nascimento de Kim Il-sung, fundador do país e avô do atual líder norte-coreano, Kim Jong-un. Durante o desfile foram exibidos cerca de 60 mísseis, incluindo um foguete que poderia ser um novo tipo de míssil balístico intercontinental.
“A Coreia do Norte tentou testar um novo tipo de míssil não identificado na área de Simpo, na província de Hamkyong do Sul, mas suspeitamos que o lançamento fracassou”, afirmou o Ministério da Defesa sul-coreano em comunicado, acrescentando que o teste está sendo analisado mais detalhadamente.
O Departamento de Defesa dos Estados Unidos confirmou que a Coreia do Norte lançou o que parecia ser um míssil e também disse que o lançamento falhou “quase que imediatamente”. Um funcionário do governo americano afirmou que o presidente Donald Trump “foi informado” sobre o lançamento.
Estados Unidos e Coreia do Sul não sabem até o momento que tipo de míssil foi utilizado.
Visita de Mike Pence a Seul
O lançamento fracassado acontece horas antes da chegada do vice-presidente americano, Mike Pence, a Seul, onde o tema do programa nuclear de Pyongyang será centro da agenda de seu encontro com o presidente interino Hwang Kyo-ahn.
Pyongyang tem sido objeto de várias resoluções da ONU que buscam impedir que o país desenvolva sua tecnologia nuclear e balística. O país asiático, que realizou fez cinco testes nucleares nos últimos meses, quer elaborar um míssil intercontinental capaz de chegar ao território dos Estados Unidos, algo que, segundo o presidente americano Donald Trump, “não ocorrerá”.
Anteriormente, Trump havia anunciado o envio de um porta-aviões escoltado por três navios lança-mísseis à península coreana, e depois fez referência a uma armada com submarinos.