Os três outros bebês dos quíntuplos que nasceram em Goiânia morreram na madrugada deste domingo. Um menino e uma menina já tinham morrido logo depois do parto. Segundo o avô das crianças, Carlos Antônio Oliveira, as cinco crianças já foram enterradas em Nerópolis.
“Os médicos disseram que eles morreram porque nasceram muito prematuros, antes de completar seis meses. Eles já estavam formadinhos, mas ainda fracos. Preferimos fazer o enterro sem velório porque já é uma situação muito chata essa, muito triste”, contou.
A mãe dos bebês, a técnica de enfermagem Carla Divina Faria de Oliveira, de 24 anos, engravidou naturalmente de quíntuplos. Ela estava internada desde a última segunda-feira (10), quando começou a sentir dores. Ela estava na 23ª semana de gestação e o objetivo era que ela conseguisse esperar mais algumas semanas até o nascimento dos bebês.
Ela deu à luz na manhã de sábado a quatro meninas e um menino. Carla está internada na Maternidade Amparo, se recuperando do parto. Segundo os familiares, ela ainda está abalada com a morte dos quíntuplos.
Gestação natural
Carla e o marido, o encanador industrial Luciano Gomes, de 39 anos, moram em Nerópolis, na Região Metropolitana de Goiânia. A gestação de quíntuplos ocorreu de forma natural pouco mais de um ano após perder filhos gêmeos logo após o parto.
De acordo com uma das teorias mais tradicionais para se calcular a probabilidade de nascimentos múltiplos, conhecida como “Lei de Hellin”, a chance de nascerem quíntuplos a partir de gestações naturais é de 1 a cada 65.610.000 de nascimentos.
Especialista em gravidez de alto risco, o obstetra Francisco Lobo, que acompanhou Carla, afirma que o caso era “raríssimo”. “Não conheço nenhuma gestação semelhante que tenha ocorrido assim, de forma natural. Normalmente até pode ocorrer em situações em que houve tratamento ou foi feita a inseminação artificial. Mas assim, naturalmente, nunca tinha ouvido falar antes”, disse.
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