Caso Douglas Vasconcelos: réus são julgados no Fórum da Capital

Maria Eduarda BaltarJulgamento ocorre no salão do 3º Tribunal do Júri, no Fórum do Barro Duro

Julgamento ocorre no salão do 3º Tribunal do Júri, no Fórum do Barro Duro

O 3º Tribunal do Júri de Maceió julga, desde as 9h desta quarta-feira (19), os primos Clebson Luciano Mota da Silva e José Carlos Oliveira Rocha Júnior, acusados de assassinar Douglas de Oliveira Vasconcelos, em 2007. A sessão está sendo conduzida pelo juiz Geraldo Cavalcante Amorim.

“Os réus respondem por homicídio duplamente qualificado, por motivo torpe e recurso que dificultou a defesa da vítima, como também pelo crime de ocultação de cadáver. Deve ser um julgamento longo, pois são dez testemunhas para serem ouvidas e mais o interrogatório dos réus, além dos debates”, ressaltou o magistrado.

Para a mãe da vítima, Gracileide Vasconcelos, os réus são os responsáveis pela morte de Douglas. “Eu quero justiça e a condenação deles, pois eles tiraram a vida do meu filho. Espero isso há dez anos”, afirmou.

O promotor de justiça José Antônio Malta Marques está à frente da acusação, e o advogado Welton Roberto é o responsável pela defesa dos acusados, sustentando a tese de negativa de autoria.

“A acusação até hoje não conseguiu comprovar sequer o que ela alega, que havia uma suposta relação amorosa entre a vítima e um dos réus, que é o José Carlos. As provas periciais nos ajudam em todos os momentos. Não há nenhuma prova que ligue o réu a esse homicídio”, alegou o advogado .

Sobre o caso

De acordo com a denúncia do Ministério Público (MP/AL), Douglas de Oliveira desapareceu no dia 9 de setembro de 2007, por volta das 18h, após sair de sua casa no bairro Gruta de Lourdes para ir a um show no Jaraguá. A vítima havia informado a seus familiares que iria ao show com uma amiga, mas, momentos antes de sair de casa, teria ligado para José Carlos Júnior, com quem mantinha um relacionamento há mais de quatro anos, pedindo para que ele o levasse ao local.

Os réus teriam encontrado com Douglas próximo a uma escola de idiomas, em um carro conduzido por Júnior. Conforme investigações, as agressões à vítima teriam começado ainda no veículo, já que manchas de sangue foram encontradas no carro por trabalhadores de um lava-jato. A morte da vítima teria sido violenta e brutal por meio de instrumento pontiagudo, conforme laudo de exame cadavérico.

As investigações mostraram também que o relacionamento entre Júnior e Douglas não era calmo, pois já haviam acontecido diversas situações conflituosas, como agressões, ameaças, discussões em público por ciúmes e até tentativa de suicídio por parte da vítima.

O corpo de Douglas de Oliveira foi encontrado quase um mês após o crime, próximo à Usina Roçadinho, na cidade de Roteiro.

Fonte: Dicom TJ

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