Um dia após o cumprimento do mandado de reintegração de posse nas casas populares do Residencial Edson Novaes, no município de Rio Largo, restou às famílias procurar abrigo na casa de parentes e amigos. Muitos tiveram que deixar móveis e alguns pertences para trás, sem ter como levar para a nova morada.
Outros, decidiram guardar tudo nos galpões cedidos pela Justiça e seguir viagem somente com as roupas. Mas uma parcela, das mais de 300 famílias que viviam irregularmente no residencial, teve que voltar para as ruas. É o caso de um casal que se instalou sob o viaduto da BR-101 que fica no trevo de acesso ao Aeroporto Zumbi dos Palmares.
No início da tarde, a assessoria de comunicação do município informou, por meio de nota, que iniciou um cadastramento para garantir aluguel social às famílias retiradas do conjunto. Confira nota na íntegra:
“Apesar de ter sido uma ação da Caixa Econômica (CEF) com o Ministério Público Federal (MPF), a Prefeitura Municipal de Rio Largo vem a público esclarecer que, por meio da Secretaria Municipal de Assistência Social, foi acordado ontem (26) com o Gerenciamento de Crises da Polícia Militar que a Secretaria vai realizar o cadastramento prévio (já iniciado hoje, 27) das famílias que invadiram o Conjunto Residencial Edson Novaes para serem incluídas no benefício eventual “Aluguel Social”.
As famílias prejudicadas devem procurar a Secretaria de Assistência social, localizada na Rua Dona Judite Paiva, Centro de Rio Largo e, mediante a relação de reintegração de posse da Construtora responsável, será feito o cadastramento para a garantia do benefício eventual.
Para ser contemplada é necessário ser de Rio Largo. Contudo, segundo estudo preliminar da Secretaria de Assistência Social, a maioria dos invasores é de municípios vizinhos como Maceió, Pilar, Satuba, Messias, entre outros.”