Bottas surpreende, passa dupla da Ferrari na largada na Rússia e conquista primeira vitória da carreira na F1

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O Mundial de F1 conheceu o 107º vencedor da sua história. Valtteri Bottas foi a grande surpresa no desfecho de um fim de semana até então totalmente dominado pela Ferrari e colocou a Mercedes no topo do pódio do GP da Rússia. O finlandês deu o ‘pulo do gato’ logo na largada, quando superou o pole Sebastian Vettel e o segundo no grid, Kimi Räikkönen. No fim da corrida, o piloto de 27 anos sofreu com a intensa pressão de Vettel, que tinha pneus em melhor estado, mas mostrou sangue frio, resistiu e garantiu uma vitória na base da raça em Sóchi neste domingo (30).

Vettel cruzou a linha de chegada em segundo lugar, mas no fim das contas acabou por ser um bom resultado, sobretudo considerando a péssima forma de Lewis Hamilton em Sóchi. O britânico não se encontrou em todo o fim de semana e terminou apenas na quarta colocação, o que afeta sobretudo na luta pelo título. E o domingo também marcou o primeiro pódio duplo para a Ferrari em 2017, cm Kimi Räikkönen fazendo sua melhor corrida no ano e terminando em terceiro.

O GP da Rússia sequer havia começado pra valer, mas Fernando Alonso não conseguiu largar. Antes de completar a volta de apresentação e alinhamento no grid, o bicampeão do mundo teve novos problemas na sua McLaren e encostou perto da entrada do pit-lane. O espanhol não escondeu a irritação diante do fato de não conseguir completar a corrida. Foi o quarto abandono em quatro GPs na temporada.

O procedimento de largada então foi atrasado em uma volta. Quando os pilotos voltaram para o grid e as luzes verdes foram apagadas, a corrida começou pra valer. E Valtteri Bottas surpreendeu com uma grande largada, superou as duas Ferrari, passou Sebastian Vettel por fora na curva 1 e assumiu a liderança da corrida antes mesmo do fim da curva 2. Lewis Hamilton não conseguiu repetir a manobra e continuou em quarto, atrás de Vettel e Kimi Räikkönen.

Foi uma primeira volta tumultuada, sobretudo para Lance Stroll, que rodou sozinho e caiu para o fim do pelotão. Pior para Romain Grosjean e Jolyon Palmer, que se tocaram na mesma curva 2 e bateram no muro. Assim, a direção de prova ordenou a entrada do safety-car.

A relargada foi dada na quarta volta da corrida, com Bottas tentando abrir vantagem perante os carros da Ferrari e Hamilton caçando Kimi Räikkönen. Massa aparecia em sexto, logo atrás da Red Bull de Max Verstappen e à frente da outra Red Bull, de Daniel Ricciardo. Mas o australiano encostou seu carro uma volta depois por conta de problemas nos freios do RB13.

Nas voltas seguintes, a corrida se tornou um tanto sonolenta, sem muita ação ou grandes disputas por posição. Bottas conseguiu controlar bem a vantagem e abriu 3s3 de frente para Vettel após 11 voltas. O tetracampeão também tinha seus 3s de vantagem para Räikkönen, que passava a ser pressionado por Hamilton. O britânico, aliás, não conseguia se encontrar, reflexo de um fim de semana todo ruim na Rússia, logo onde é o maior vencedor. O abismo enfre Ferrari e Mercedes e as outras equipes já era enorme, com Vertappen sendo o ‘melhor do resto’.

Durante a corrida, que se aproximava da sua metade, os pilotos se queixavam do desgaste dos pneus ultramacios, e isso resultava em uma grande variação de performance de uma v olta para outra. Os primeiros pit-stops dos ponteiros aconteceram a partir da volta 22, quando Massa, então em sexto, foi para os boxes para colocar os supermacios. Felipe voltou em décimo, à frente do seu coompanheiro de equipe, Stroll. Mas a dinâmica da prova continuava a mesma: arrastada e sem disputas por posição.

Vettel tentava se aproximar de Bottas e reduzia a diferença de pouco mais de 4s para 2s5. Ainda assim, o finlandês tinha uma dianteira confortável e parrecia ter o controle da corrida, que alcançava a sua metade na volta 26. Até que, na volta seguinte, Valtteri entrou nos boxes para fazer a troca e colocar os supermacios. O tetracampeão assumiu a liderança com pista livre para acelerar e tentar voltar à frente do piloto da Mercedes.

Na volta 29, a Ferrari chamou Räikkönen para seu único pit-stop depois de reclamar do desgaste dos compostos traseiros, enquanto Bottas fazia a então melhor volta da corrida em 1min38s171. Neste meio tempo, Räikkönen protagonizou um diálogo hilário com seu engenheiro no rádio: “Estamos atrás de Bottas, Kimi”, disse o membro da equipe. “Como é que nós estamos atrás do Bottas?”, perguntou o piloto. “Ele está liderando a corrida”, respondeu o engenheiro. “Ah, OK”, replicou o ‘Homem de Gelo’.
No giro 30, foi a vez de Hamilton entrar nos pits para fazer sua parada. Vettel esticou seu stint até onde deu, seguindo a estratégia da Ferrari. Até que, finalmente na volta 35, Vettel fez sua troca de pneus e voltou à segunda colocação, pouco mais de 4s atrás de Bottas, que estava definitivamente a caminho da sua primeira vitória na F1.

Seb voltou bem mais rápido que Bottas e a cada volta foi cortando a diferença para Bottas, que cometeu um erro em sua volta e acabou desgastando além da conta um dos seus pneus. A vantagem, que era de pouco mais de 4s, despencou para menos de 2s. Bottas tinha de lidar com um momento crucial para conquistar a vitória. Pouco mais atrás, Massa voltava à sexta colocação depois de Nico Hülkenberg fazer sua parada. Mas em seguida o brasileiro teve um pneu furado e precisou fazer uma parada extra, caindo para nono.

No período das dez voltas finais, Bottas até pediu para que a equipe não falasse tanto para que ele pudesse focar em manter a liderança contra Vettel. E mesmo com a diferença bastante curta, o finlandês conseguia ter sangue frio para continuar na ponta. No fim das contas, após 52 voltas, ainda que o carro do alemão estivesse cada vez maior no seu retrovisor, Bottas conseguiu controlar a pressão e conquistou a sua primeira vitória na carreira como piloto de F1.

Fonte: Grande Prêmio

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