A quadrilha desarticulada na Operação Medusa, deflagrada na manhã desta quinta-feira, 18, em Alagoas, Pernambuco e São Paulo, chegava a lucrar, R$30 mil, por mês, com o tráfico de drogas. A informação foi confirmada em coletiva à imprensa na tarde de hoje, na sede da Secretaria de Segurança Pública.
Leia Também: SSP de Alagoas deflagra Operação Medusa contra o tráfico de drogas
De acordo com o delegado Gustavo Henrique, responsável pela especializada de Repressão ao Narcotráfico (DRN), a operação de hoje teve como alvo 13 pessoas em território alagoano. 12 delas foram presas e uma morreu em confronto com a polícia.
O delegado informou que a quadrilha funcionava como uma grande empresa. Ela seria comandada por José Gustavo dos Santos, conhecido como “Tô Ligado” ou “Paulista”, que está preso em um presídio de segurança máxima em Mirandópolis (SP).
“O bando dominava o tráfico de drogas em São Miguel dos Campos. José Gustavo está preso desde 2012 em São Paulo mas repassava o comando para a esposa, Raiana da Silva Herculano, que é alagoana mas vive por lá”, diz o delegado.
Paulista repassaria todas as coordenadas ao bando por meio de sua esposa, Raiane da Silva Herculano, conhecida como “Cunhada”, durante visitas íntimas do casal. Era Raiane, que também foi presa na operação, em São Paulo, a encarregada de transmitir as instruções para Luís Alberto Cabral, que agia como “gerente geral” do “negócio” em Alagoas.
Ivone Francisca Ferreira, 39, apontada inicialmente como chefe da quadrilha em Alagoas, seria uma espécie de “gerente operacional”, e atuava diretamente na cidade de São Miguel dos Campos, onde ocorreram as prisões e onde funcionava a base para a distribuição do tráfico de maconha, crack e cocaína.
Veja Mais: Operação Medusa já contabiliza um morto e 19 presos em três estados
Foram presos na operação, além de Luís Alberto e Ivone Francisca, também: Laércio Rocha dos Santos, 38, conhecido como “Veio” ou “Coroa”; José Edilson da Silva, vulgo “Amaral”, esposo de Ivone; Williams Ferreira da Silva, 19, vulgo “Pastilha”; Eranice Maria da SIlva, 31, vulgo “Mel”, esposa de Laércio; Cícero dos Santos Leite, 20, conhecido como “Pirrita”; Carlos André Cordeiro dos Santos, 28; Luan Christian dos Santos, vulgo “LC” ou “Fantasma”; Jardiel da Conceição de Oliveira, 20, vulgo “Deninho”; Jacson Emídio dos Santos, 21, vulgo “Jaquinha”; e José Alexandre dos Santos, 29. Os dois últimos foram presos em flagrantes posse ilegal de armas. Todos os presos tiveram mandados expedidos pela 17ª Vara da Capital.
Acabou sendo morto na operação Felipe Gomes dos Santos, conhecido como “Nava”. Na ação foram apreendidas também cinco armas de fogo, sendo três espingardas e dois revólveres.